quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Um Rápido Balanço

Quanto tempo não posto algo.... Fim de ano, festas que não participei, trabalho em excesso, pensamento lá na Lua. Enfim, com pretensão em demasia e a fim de contabilizar os acontecimentos fecharei o ano com um post relatando alguns números “importantes”.


Para o ano que vem? Pretendo melhorar meu comportamento social, arrumar tempo para atividades recreativas, arrumar alguém, beber menos em público (rs), resolver meus assuntos pendentes, sair da concha que criei ao meu redor, viver um pouco mais a vida.

Just Like Heaven

Obs.: Sugiro um Feliz Ano novo a todos e desejo saúde, felicidades, sucesso, enfim, tudo que todas as pessoas (pelo menos a maioria) desejam como de praxe nesta época.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Poucos Dias para Finalmente Decidir


Começo a perder minhas forças, não sei se perceberam, mas meu primeiro sinal de fraqueza apareceu. Estou conhecendo algum tipo de sentimento que nunca havia experimentado, percebo que não é nada bom, mas vejo que é inevitável sair dele.

Posso voar?
Devo ficar?
Nós poderíamos perder
Nós poderíamos falhar
De qualquer forma
Opções mudam
Acasos falham
Trens descarrilam

30 minutos, um piscar de um olho
30 minutos para mudar nossas vidas
30 minutos para que eu mude de idéia
30 minutos para finalmente me decidir

30 minutos para sussurrar o seu nome
30 minutos para suportar a culpa
30 minutos de alegria, trinta mentiras
30 minutos para finalmente me decidir

Para decidir
Para decidir
Para decidir
Para decidir

Decidir...

Я не болею тобой

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Crônicas do Caçador: 1º Internauta


Tentando driblar a crise mundial (porque tudo é culpa dela) que está afetando minha vida, resolvi me divertir de uma forma diferente, quer dizer, igual, mas diferente. Desde sexta passada estou enfurnado em alguma sala de bate papo, a procura de companhia, mas não companhia para sexo, apenas para sair, conversar, já que não tenho amigos mais, de alguma forma terei que me divertir.

Pessoal, o papo de todos sempre é o mesmo! “tc de onde?” “A fim de que?” “Coloca sua foto e depois eu coloco a minha”. É um circulo vicioso absurdamente entediante. De vez enquando aparecem algumas pessoas que fazem valer a pena, mas é difícil. Os freqüentadores dali são os excluídos socialmente (eu), pessoas nem sempre bonitas (eu não), a procura de sexo (eu não), sacanas de primeira linha (muito menos), garotos de programa (passou longe), e assim vai caindo o nível.


Sábado fiquei a tarde toda no bate papo, conversei com tudo quanto é gente. Mas apenas alguns permaneceram em meu programa de mensagem instantânea, que até agora está uma confusão absoluta, todos tentando ter uma chance comigo (to me achando...rs), alguns desabafando, outros querendo que eu vou buscá-los para sair, uma completa confusão, é só eu entrar que começa os chamados.

Sábado encontrei um cara muito legal no bate papo, seu nick não mencionarei aqui por ser intolerantemente pornográfico, mas a credibilidade que ele teve comigo foi quando conversamos. Um cara com assuntos super interessantes, maduros, embora o nick chulo. Me cativou a cada palavra até que resolvi encontrá-lo no domingo a tarde, mas não para ficar ou coisas do gênero, e sim para conversar, espairecer minha cabeça, sair do meu quarto! O 1º Internauta era bem mais velho, 45 anos, gostava de tocar piano, era culto, engenheiro elétrico. Marcamos em um cinema qualquer e ele escolheu o filme “Asterix e os jogos Olímpicos”, parei em frente ao cartaz do filme lá no cinema e logo pensei “– Que tipo de cara é ele para me convidar para assistir esse filme?”. Minha pergunta foi respondida silenciosamente por um homem de cabelos grisalhos, sorridente e com olhos simpáticos que vinha em minha direção. Naquele instante tive uma paralisia facial, simplesmente não conseguia demonstrar qualquer sentimento, havia visto um homem diferente na foto, pelo menos parecia mais novo. Ignorei os fatos, o cumprimentei pelo nome e fomos à sala de cinema que estava completamente vazia “- Quem iria querer ver um filme daqueles”. Pensei que logo ele pularia no meu pescoço, mas me enganei, conversamos muito durante o filme, ele falou coisas muito engraçadas e parecia saber quais eram minhas intenções.

De lá, fomos para um restaurante jantar. Foi muito bom mesmo, o 1º Internauta era culto, educado, bem humorado, a única coisa que foi ruim aconteceu quando entramos no restaurante, como eu sou jovem, moreno claro, cabelo liso (falam que sou bonito) com um cara mais velho e cabelo branco as pessoas pensam coisas... Percebi olhares extremamente ofensivos! “-Jesus Cristo” pensei. Pessoas me julgavam em seus pensamentos, mas eu, logo me coloquei a cima de todos e tratei de interagir com minha agradável companhia. Pedimos nossas refeições que apressadamente chegaram, a minha era uma floresta verde com um bife absolutamente suculento no centro. O prato era detalhadamente decorado e as folhas dispostas em mosaico.

Bom, conversa vai, conversa vem, eu distraído, tentei garfar um tomate que de repente se esquivou tentando esconder no meio das folhas, mas seu impulso foi tão forte que acabou caindo me meu colo, encima do guardanapo junto com quinhentos pedaços de folhas. O 1º Internauta olhou discretamente e ignorou tal fato, eu ri, dobrei o guardanapo, que já estava preparado para acidentes no meu colo, e esqueci o fato por um momento.

Ele me trouxe em casa e terminamos nosso encontro com um beijo, um beijo no rosto.

Entrei em casa, e logo me senti sozinho, peguei meu computador, deitei na cama, o liguei e fui a busca de uma nova pessoa para sair, já que meus amigos estavam em algum lugar na multidão lá fora que eu não conseguia localizar.


sábado, 6 de dezembro de 2008

Sem palavras


Como as pessoas ao nosso redor podem ser tão egocêntricas e malditas! Em vez de expressar meu extremo ódio e indignação sobre um fato que veio a tona ontem, e que ja vinha se arrastando durante meses, hoje prefiro resumir a minha semana em apenas uma imagem, uma música e uma frase:

“Je n'ai ni frère ni soeur, mais je serais heureuse d'avoir dans la vie un caillou pour ami...”

domingo, 30 de novembro de 2008

Procurando Por


Diferente de ontem,esta noite sonhei que acontecera um acidente terrível aqui em Belo Horizonte e que os corpos estavam sendo levados para o Hospital que eu plantonava. Os corpos chegavam em uma situação imensuravelmente desagradável a ponto de, no sonho, eu vomitar sem parar! Estavam todos abertos, cheios de tecido adiposo espalhado até na boca, os músculos lacerados, sem membros inferiores, “um verdadeiro quebra-cabeça de defuntos”, pensei. Enquanto traziam aquelas coisas eu falava desesperadamente – “Parem de trazer estes corpos para cá! (vomitei) Parem! O necrotério está cheio! Pelo amor... (Tentei segurar um vomito com a mão, mas acabei me lambuzando todo) Jesus! Onde vocês vão colocar eles?”- um rapaz de barba mal feita que me via vomitando e ria da situação parou de empurrar a maca com um daqueles corpos e veio até a mim – “Doutor Thinker, acho que vamos coloca-los nos quartos vagos - ”.Olhei atrás dele e vi que o cadaver me encarava, ele olhava dentro dos meus olhos. Acordei assombrado.

Durante o dia fiquei vendo filmes (para variar) e a tarde resolvi dar uma volta em alguns parques virtuais a procura de blogs e pessoas mais ou menos com a mesma idéia que a minha. Infortunado, acabei achando o de praxe, blogs com homens de beleza surreal e membros gigantescos, vídeos eróticos, achei também páginas de caras extremamente assumidos a ponto de eu ler seus textos e escutar aquelas irritantes vozes anasaladas que só os gays conseguem fazer. Mas, muita gente parece gostar disso, pois haviam vários comentários.

O melhor de todos os blogs que visualizei foi o “Dando a Bunda para Bater”, muito bom mesmo. Os minúsculos textos e gravuras bastante expressivas são de um humor negro absurdo, me fezem lembrar de uma revistinha distribuída na Savassi há alguns anos atrás, Idéias Bizarras.

sábado, 29 de novembro de 2008

A Praia


Acordei em um lugar nem um pouco familiar, estava deitado na areia de uma praia com um sol escaldante, sem humanos, além do Cara que estava deitado ao meu lado, chamando meu nome. Me tocara a fim de fazer cocegas e me ver sorrir, tentei identificá-lo, mas percebi que nunca o havia visto antes, parecia ser intimo meu, então, não querendo estragar tudo, acabei me divertindo com ele o dia todo. Não perguntei seu nome, onde morava, o que fazia ou do que gostava, naquele momento estavamos vivendo apenas a ocasião, não pensamos em mais nada. Corremos pela areia, bebemos alguns líquidos contidos em nossas frasqueiras estratégiamente cheias para durarem o dia todo, conversavamos sobre o dia lindo que presenciávamos, entramos no mar e nos abraçamos.

Quando o Sol começara a se esconder saiu de dentro das águas um estranho ser habitante do mar, ele se arrastava em nossa direção. Com medo do desconhecido, corremos, subimos um morro em frente à praia e chegamos em um campo gigantesco, com um gramado fabulosamente intacto, verde avermelhado, refletindo o Sol poente. Parei, não conseguia andar ou respirar, não queria perder nada do que estava vendo, sabia que nunca mais algo parecido iria acontecer. Por um momento fui tomado pelo sentimento de tristeza ao pensar nisto, mas o ignorei.

Recordei ao olhar o Sol sobre o Cara que estava ao meu lado, o Sol ardente, aquele lugar, tudo que acontecera durante o dia, então uma coisa muito boa tomou conta de mim, me deixou em paz, me fez sentir bem, mesmo que algo ruím estivesse atrás de nós não importava, ficamos alí parados, ele com a mão no meu ombro, atento ao horizonte, até que acordei no escuro, às 05:20 hs a.m. convicto de que teria que ir dar plantão em algum hospital mas com uma dúvida – “Porque não ouvira o som do alarme despertara?”- . Simplemente porque era sábado.

Spiked Heels

O Jogador de Futebol


Não estou nos meus melhores dias para relatar algum fato, mas tentarei. Ultimamente estou sem motivações, na verdade nem sei se já tive verdadeiramente uma motivação justa para escrever aqui... Talvez uma pequena vontade de vingança...

Antes de iniciar, gostaria de fazer um minuto de silencio pelos meus amigos que foram para a guerra a procura de namorados, acharam e nunca mais voltaram para minha casa... (1 minuto). Bom, então vamos lá:

O Jogador de Futebol, assim chamado por jogar em um time famoso de Belo Horizonte, foi um cara que “caiu de pára-quedas” em minha vida. Nos conhecemos através de seu primo e "ficamos" duas vezes:

A primeira em um sítio onde fomos com algumas pessoas que aqui prefiro não citar. Enquanto todos dormiam, nós não! No dia seguinte ao acontecido, passamos como amigos, como se nada tivesse acontecido. Ainda era cedo, mas já me via sentindo algo por dele, que por sua vez demonstrava atenção, mas nada insinuando sentimento. Aceitei os fatos e com o tempo acabei deixando este sentimento de lado seguindo minha vida.

Continuamos a nos ver depois, pois nosso circulo de amigos era praticamente o mesmo, então, inevitável nosso encontro. Ele me tratava da mesma forma, como um amigo que ele gostava e mais nada. Até que “trombamos” em uma festa, uns três anos depois. Ele estava mais lindo que nunca, mais velho, com um rosto de homem, forte, uma mudança brusca para minha mente, mas para melhor. Ficamos o tempo todo juntos, conversando, lembrando de coisas e nos divertindo na piscina. O detalhe era que eu estava namorando nesta época e o cara estava lá, era o Professor, que naturalmente morria de ciúmes de mim com qualquer coisa e pessoa, até do vento por passar sempre ronçando em mim era motivo de briga, sempre me culpando – “Olha lá! Mais uma vez esse maldito vento encima de você! Por acaso está insinuando algo para ele? Se comporte! E fique do meu lado!” – falando que eu era culpado por acontecerem essas coisas.

Mas não me deixei intimidar pela sua presença, como amigo queria ficar perto dele, mas já sabia que algo que a muito havia esquecido, se despertara dentro de mim graças à presença do Jogador de Futebol – “Maldita hora em que apareceu novamente em minha vida” – pensei. Ao final da festa, o Professor foi embora irritadíssimo, além de comover toda a festa com seu episódio ciumento, ainda estava terrivelmente bêbado.

Fui para casa de uns amigos e o Jogador também. Daí para frente fica bem claro o que aconteceu. Ficamos novamente, fizemos tudo que não havíamos feito há três anos. Ele me disse que sentira minha falta e que desejava aquilo há muito tempo, já minha reação foi somente dentro de minha cabeça – “Porque ele não havia me procurado antes? Porque eu estava aceitando aquilo daquela forma? Onde está o Professor? O que eu estou fazendo...”.

Amanheci mais uma vez com ressaca moral, cabeça pesada e corpo absolutamente dolorido, pois havia nadado muito no dia anterior. Já o Jogador de Futebol levantou aparentemente muito bem, mas me tratando daquela forma ridiculamente amistosa – “Mais uma vez! Que absurdo” – pensei. Mas acabei “entrando na dele” e o dia foi daquela forma, mas a noite jamais esquecida.

Algum tempo depois, recentemente, nos encontramos, eu solteiro e ele agora namorando uma menina mais nova. Aceitei a situação, pois não queria ficar com ele de novo e ser ignorado no outro dia, queria algo mais , mas que com ele eu sabia que não estava ao meu alcance, não mais.

domingo, 23 de novembro de 2008

Má Educação


Fiquei pensando a manhã inteira sobre o que eu iria escrever aqui hoje, pensei em falar do Jogador de Futebol, da minha coleção pessoal de cuecas, do meu amigo Vampiro, sobre a morte da Bezerra, mas sabe aquele dia em que você não tem muita empatia por estes assuntos? Pois bem.

Ontem fui ao aniversário do meu amigo Rafitz (Nos conhecemos pela internet há mais ou menos quatro anos e fazem apenas duas semanas que nos conhecemos pessoalmente) em um bar GLS daqui de Belo Horizonte. Logo na porta eu vi um daqueles caras que me deram um tiro a queima roupa e estragou temporariamente minha vida (mundinho pequeno), o Dublador. Senti alguma coisa ruim subindo pela minha espinha como se fosse um sopro frio e desconfortável. Entrei sem a intenção de vê-lo novamente e para eu relaxar um pouco resolvi beber um Gin tônico. Aquilo me desceu pela garganta como se fosse... não sei, desceu bem. Conversei um pouco com o Rafitz e suas companhias bastante agradáveis e depois fomos dançar.

Para ser sincero, nunca gostei daquele lugar, uma vez que era pequeno, o ar condicionado não superava o calor insuportavelmente humano produzido pela agitação dos nossos corpos e as bailarinas e mulheres barbadas que adoravam se exibir e mostrar superioridade à platéia. Mas acho que as companhias que eu estava conseguiram fazer destes defeitos um mero detalhe.

Não demorou muito até que vi um conhecido com feição amiga no meio da platéia, o Cowboy. Ele veio sorrindo até a mim e conversamos um pouco até que me beijou (Qualquer dia conto a história de nosso envolvimento). Não demorou muito, eu me esquivei dele e dei aquele desagradável “perdido” (que não é a primeira vez), percebendo o que havia acontecido, ele deixou a noite seguir, cada um no seu quadrado.

SIM, fiquei com outro cara, o Desconhecido. Coisa que nunca havia feito em toda a minha vida (ficar com dois na mesma noite). O rapaz era muito carinhoso, bonito, tinha um papo agradável... Mas sabe, depois fiquei sem graça, estava ficando com um e de repente apareci com outro?! Não me importo com o que as pessoas pensam, mas não gosto deste tipo de comportamento em mim.

Jejum quebrado e barriga cheia, dormi como nunca.

sábado, 22 de novembro de 2008

O Enganador


Essa semana minha vida esteve em suspensão, praticamente nada senti. Nenhum daqueles sentimentos estranhos apareceu, tudo esteve suspenso no ar, parado, flutuando inanimadamente fora do espaço/tempo lugar onde a gravidade não existe.

ATENÇÃO: Para alguns, devido à empatia pelo caso do meu Amigo de Verão, este post pode ser revoltante, peço que não me julguem porque sei que na ocasião ainda não tinha uma maturidade formada sobre o assunto (Obs.: o relato que darei a seguir parece muito com depoimentos daquelas revistas “Teen” sobre queixas de melhores amigos):

Meu primeiro amigo gay foi o meu Amigo de Verão, sempre saíamos juntos e curtíamos diversas situações. Uma vez, logo no começo do “meu descobrimento”, meu Amigo de Verão estava saindo com um cara mais velho, o Enganador, tal pseudônimo deve ser seguido ao pé da letra, que já era bem resolvido financeiramente, bonito e inteligente (pelo menos assim meu Amigo de Verão achava, mas na verdade ele era burro igual a porta que colocou em sua casa). Logo no primeiro dia em que me conheceu deu encima de mim! Meu Amigo, na ocasião, tomava banho na casa do Enganador e o mesmo, aproveitando da situação, tentou passar a mão em mim expressando em sua face um sorriso insinuante, claro que “corte-o” na hora. Meu erro foi ter ignorado os fatos e continuado a encontrar este cara junto com o meu Amigo. Eu sabia que mesmo tendo impedido ele de se aproveitar de mim naquele momento não seria o bastante para cessar tal vontade que sempre era expressada em seu olhar sobre mim quando meu Amigo se distraia.

Passado algum tempo percebi que ele estava me tratando sempre muito melhor a cada dia e achei que talvez não tivesse mais atração por mim e sim uma empatia por eu ser amigo do namorado dele. SIM! Me enganei! Ele terminou com meu Amigo de Verão dentro de seu apartamento, me chamou para ir a um bar ali do lado para comprar cigarros e adivinha? Mais uma vez SIM! Deixa eu dar os detalhes sobre isso: Estávamos eu, meu Amigo de Verão e um conhecido nosso no apartamento do Enganador. Eles terminaram e o Enganador me chamou no canto, explicou tudo e me convidou para sair dali por um momento, eu fui. Assim que ele fechou a porta do apartamento, deixando para trás tudo que o magoara, o silêncio pairou, ele fez uma pausa, olhou dentro dos meus olhos e me beijou. Naquele instante sinceramente não sabia o que fazer e acabei “deixando acontecer”, mas em momento nenhum eu nego que foi bom, senti uma coisa muito diferente na época (que futuramente eu entenderia que era a paixão), seu beijo tinha uma peculiaridade que consegui sentir em outro novamente, sério! Uma sintonia absurdamente pavorosa, pois era o namorado ou pelo menos ex-namorado, até então, do meu amigo! Assim que tudo terminou, abri meus olhos e vi os dele, verdemente tentadores e sorridentemente bem humorados. “O que eu fiz?”, foi a única coisa racional que consegui pensar desde a ida ao bar até a volta. Simplesmente me tranquei dentro de pensamentos pecaminosos.

O dia passou devagar como nunca antes; os dois voltaram depois da desagradável chuva de insistência advinda do meu Amigo de Verão (eu assistindo tudo e vendo o Enganador olhar-me a espera de uma intervenção minha) e eu fiquei totalmente sem lugar naquele apartamento, queria ir embora. Atendendo ao meu desejo, partimos ao cair do crepúsculo.

No caminho de casa, o meu Amigo de Verão contou-me tudo que havia visto através do infeliz olho mágico que o burro Enganador havia um dia colocado naquela porta de seu abatedouro. Falou que estava magoado comigo, mas que aquele sentimento passaria e tudo voltaria ao normal. Até hoje espero ansiosamente por isso.


Obs.: 1 A historia deles não terminou com final feliz não, afinal, que historia GLS termina bem? Sempre o fim envolve traição, morte, doença, prostituição, mas nunca feliz (Filmes...)! O Enganador o enganou, trocando ele por metade da cidade.

2 “Rafa”, infelizmente descobri que não dou muito bem com animais, já tentei domar alguns, mas sem sucesso. Já fazem 2 meses, 2 horas, 41 minutos e 55 segundos que estou preferindo apreciá-los de longe devido a um ferimento que adquiri ao tentar domar um animal selvagem. Quanto às frases, “acertou em cheio”! Esqueci de colocar a que citou... Já sobre o Post do “Circo” e do “Leão” (um é continuação do outro), tentei fazer uma pseudo-analogia com uma experiência que tive ao sair em um destes lugares GLS, entende? Mas acho que não obtive êxito total.

domingo, 16 de novembro de 2008

Para Toda a Vida


Essa semana assisti a dois filmes bastante interessantes, de gêneros opostos. “Eden Lake” que conta a história de mais um casal sem juízo que vai para um lugar afastado de todos que começam a sofrer abuso moral e físico de adolescentes. Sim! Tiveram várias formas para escapar, mas como o orgulho humano consegue não supera nada... Olha, é o tipo de filme que quando você termina de assistir, a primeira coisa que quer fazer é dar um tapa na bunda destes malditos, mal educados, ousados, folgados (...) adolescentes.

“Mama Mia” é um musical muito bom para quem curte musicas antigas, meloso, mas atraente.

Tem um outro também que eu tenho que indicar, vi há muito tempo e agora saiu nos cinemas “Cults (digo no sentido nominal ridículo da palavra)” (Cine Belas Artes, Usina...), se chama “Violência Gratuita”. Para quem gosta de Cine Trash com casais essa e o “Eden Lake” são ótimas indicações e o incrível é que o final acontece da mesma forma indignante.
Enfim, hoje vou poupá-los de discursos e relatos longos, quero aqui citar apenas umas frases ditas por “grandes nomes” que eu levo durante a vida:

"Pau que nasce torto nunca se endireita (...)"
(É o Tchan)

"Se tudo está ruím, ainda pode ficar pior"
(Autor desconhecido)
"O que é um peido quando se está todo cagado?"
(Autor desconhecido)
"As galinhas sempre vão tentar provar da sua carne"
(Tori Amos)
"A melhor espiga vai para o pior porco"
(Autor desconhecido)
"A grama do vizinho sempre parece ser mais verde"
(Autor desconhecido)

E para fechar com chave de ouro...

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta."
(Albert Einstein)


Obs.:1. Pessoal, já saiu meu programa de Natal e Reveillon! Pode soar deprimente, mas Natal passarei na casa de minha mãe (porque não poderei viajar, estarei de plantão no dia seguinte aqui em Belo Horizonte) ceiando sozinho e o Reveillon será mais dramático, acho que abrirei uma garrafa de champagne com meu cachorro, escutarei música deprimente a noite inteira e por fim acabarei dentro do banheiro vomitando porque não tolero o maldito champagne, mas como é passagem de ano, temos que fazer sacrifícios.

2. A música é russa se chama "Да ди дам" da cantora Kristina Orbakaite... Sim! Falo um pouco de russo também, dentre outras linguas

sábado, 8 de novembro de 2008

O Leão


Bom, o ambiente era o mesmo, porém, sem ar condicionado e com shows diferentes. Quem ganhou minha atenção foram os elefantes que estavam ali para levar nas costas os equilibristas que exploravam abusivamente de suas forças, eles eram baixos, magros, feios, mas tinham uma habilidade absurda, faziam coisas que os elefantes não conseguiam ver de tão rápido! Tadinhos... E o que estes animais pesados ganhavam em troca de seu sacrifício? Acho que nada, apenas o prestígio de ter a companhia dos equilibristas. Juro que por dó eu teria coragem de adotar um, pelo menos para não levarem pisadas e serem explorados ridiculamente como acontecera naquele momento.

Distraído com aquele “pesar”, fui interrompido por uma sensação de que alguém me olhava, virei o rosto a procura e o vi, estava me espreitando desde quando eu estava bebendo aquele suco de álcool com groselha. Olhei bem fundo em seus olhos, era um leão. Figurinha adorável, sempre foi meu animal predileto, mas acho que sua vida é muito promíscua, como todos sabem, ele não tem só uma parceira, fora a agressividade.

Percebi que ele estava ali a procura de uma vítima (que até então parecia ser eu), estava faminto e sem leoas para ajudá-lo na caça. Mas e o circo não alimenta-o? Onde estava o domador de leões? Porque ele estava ali solto, sozinho? Ele não tinha leoas? Não quis alcançar uma resposta plausível e com receio de acontecimentos piores voltei para o primeiro andar e fui assistir ao show que um apresentador acabara de anunciar, acho que era alguma apresentação com as “mulheres barbadas”, pelo menos uma eu estava vendo se distorcer no palco. Foi engraçado, principalmente a parte em que ela ficou tonta de tanto rodar o cabelo... Olhei para o lado a procura de crianças, porque circo e crianças sempre foram uma grande combinação... Sim, eu vi algumas de mãos dadas com os seus pais, bom, pelo menos achei até certo momento que eram seus pais.

Ao final do show eu já estava exausto, minhas pernas doíam, logo procurei um cantinho para me sentar, enquanto a macacada fazia a festa no picadeiro e a platéia vibrava ao ver o circo pegar fogo.

Descansei ao lado de um mímico que tentava “falar” alguma coisa com as mãos que eu não conseguia entender, irritado e meio zonzo devido ao efeito da bebida, me encolhi na cadeira, fechei os olhos, coloque minhas mãos nas têmporas e comecei a fazer movimentos circulares com as pontas dos dedos ingenuamente acreditando que aquilo faria o efeito daquela bebida passar.

Pensei ter escutando um rugido, ignorei e continuei a massagear minhas têmporas. Ouvi novamente o rugido e me arrepiei da cabeça aos pés, pois já sabia quem estava ao meu lado, quase encostando seu focinho em meu rosto tentando farejar algum sentimento em mim. Abri os olhos e o vi, seus olhos eram grandes, sua juba amarelo sol, ele mostrou suas presas tentando expressar empatia por mim, assustei achando que poderia ser sinal de perigo, mas não sei o que me deu na hora que simplesmente relaxei. Aos poucos ele foi grunhindo algumas coisas entre a música alta que atrapalhava minha audição e em uma só “bocada” ele me fez sua presa.

E a noite no circo não foi muito além. No outro dia o leão tentou me abduzir novamente, conseguindo com êxito, mas não durou uma semana nossa convivência, pois, ele era muito possesso, ninguém chegava perto de mim sem levar uma patada dele. Tentamos conversar sobre isso, mas animal é animal, sempre se reduzirá, em algum momento, a sua ignorância. Além do mais nunca tive sucesso ao domar Leões.
Obs.: Só para completar meu sábado, que tenho certeza que será nostálgico, acho que vou dar uma passada ali no Usina para assistir ou CrashBack ou Mio fratello è figlio unico.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Bem-Vindo Ao Circo


Antes de ontem me lembrei de uma vez em que fui ao circo...

Assim que cheguei na porta, percebi que havia uma bilheteria, onde um gentil rapaz entregava os “convites”, ele também cuidadosamente nos revistava a procura de algum “doce” que poderíamos ser dado aos animais ali dentro (coisa que é proibido em circo, pois, pode acabar fazendo mal aos animais, além de chamar a atenção deles, deturpa sua apresentação). Assim que entrei, parei logo e fiquei a observar tudo, ali não tinha cheiro de pipoca, a música era realmente muito parecida com a de circo, o lugar era meio estranho, mas convidativo, era colorido, cheio de luzes serelepes a procura de um foco, havia na minha frente um tímido picadeiro, um enrustido local para a platéia assentar e assistir ao show. Engraçado... Também visualizei um segundo andar, mas circo não tem segundo andar! Deixei isto de lado e continue minha caminhada.

Surpreendentemente me deparei com os primeiros malabaristas, que de um lado para o outro faziam manobras para impressionar os outros, coitados, mesmo sem obter sucesso insistiam e rodopiavam no ar cada vez mais.

Pouco mais a frente estavam os macacos vestidos de gente. Eles pulavam, dançavam e seguravam copos como pessoas normais! Mas será que longe daquele picadeiro conseguiriam agir realmente como humanos? Acho que faziam aquilo apenas porque foram condicionados assim perante a sociedade, fora dali deveriam agir como animais que subiam nos galho e aceitavam suas ignorâncias. De repente um deles esbarrou no grupo de bailarinas que estavam à sua direita. Foi um reboliço, ela se revoltaram e fecharam os seus belos rostos para ele. Lastimável! Sem o que fazer ele gritou, comprovando assim minha tese (No fundo ainda tinham o instinto animal). Elas estavam furiosas, pois, seus movimentos graciosos, seus narizes empinados, sua roupa bem passada e suas poses nas pontas dos pés foram atrapalhadas por aquele maldito e insignificante macaco. Revoltadas, foram para o banheiro com um ar de superioridade ofensivo, eu, acompanhando tudo com o olhar, percebi que uma delas tirava um pequeno saquinho com um pó branco, levando até o nariz e repassava para as outras em comunhão. Será um antialérgico para conter a coriza destas damas perante o ar condicionado? Será um desentupidor de nariz devido ao excessivo e espesso muco que na cavidade nasal grudou e aquilo era a solução para o problema? Não sei, nem tive a curiosidade de perguntar, principalmente depois do olhar de desprezo que ganhei ao ser flagrado bisbilhotando o que ambas estavam fazendo. Saí depressa da vista delas. Acho que não gostaram muito de mim, mas também era de se esperar.

Fui mais para o lado dos mágicos que ali estavam fazendo magias, em vez de sumirem o coelho na cartola, sumiam eram copos e cigarros. Tentavam usufruir de seus dons psíquicos para hipnotizarem pessoas e obrigarem-nas a fazer coisas. Vendo que um olhava para mim naquele instante, logo escapei, não queria ser assistente de um deles, muito menos cobaia.

Pessoal, o circo não era grande, mas havia muitas figuras lá. Demorei e assustei quando vi, cheguei a ficar com medo (coisa que sempre tive) dos palhaços que me apareceram, ambos com o rosto pintado de várias cores e o nariz vermelho, tentando aparecer e arrancar risos obrigatórios dos nossos rostos, assim nos conquistando e quem sabe, eles, não passando a noite sozinhos. Eu? Corri a léguas, aquilo já me amedrontava demais.

Ufa! Minha noite apenas começara e tudo já estava bastante quente. Corri para o balcão onde vendiam aqueles refrescos coloridos naquelas máquinas que rodavam e rodavam, quase nos hipnotizando. Peguei o de morango, e devido à grande sede, despejei tudo na boca com vontade e só não deitei no chão gritei e chorei porque estava num circo e tudo ali era motivo para risos. Fui pego por uma dor de cabeça frustrante (a bebida era muito gelada e bebi rápido demais) e o gosto que aquilo tinha? Era álcool com groselha? Não sabia que aquilo tinha álcool, uma vez que estávamos em um circo, até então para mim tudo era inocente. Peguei aquela bebida estranha e fui para um lado do circo onde haviam mulheres barbadas e musculosas, elas pareciam agitadas, gesticulando fortemente e rindo, colocando a mão em seus tórax, mas sem peito. Que estranho! Na hora, pensei que era algum distúrbio hormonal e já ia entrar na roda para receitar algo que revertesse o caso, mas quando percebi, eram homens! Logo falei baixo - “Fraude!” –. Que absurdo, o circo estava me enganado!

Indignado, nem continuei naquele local, resolvi subir as escadas que davam em um segundo andar, que até então nunca havia visto em circo algum.


Obs.: Peço desculpas "Rafa", mas queria dramatizar um pouco meu post e usei a situação como atrativo.

domingo, 2 de novembro de 2008

O Vazio


Pessoal, festa é tudo a mesma coisa! Este final de semana fui à casa da minha mãe curtir junto dela seu aniversário, foi muito bom estar a seu lado e tudo mais, mas sabe aqueles filmes que mostram as etapas de uma festa onde as pessoas inicialmente parecem civilizadas, depois estão animadas pelo álcool, depois colocando aquelas músicas depressivas e a seguir quase caindo de tontas? Pois bem, eu vi tudo isso, foi muito engraçado, porque eu não bebi uma gota de álcool e acabei como um dos caras mais são de todos ali presentes. Quase no fim da tarde, como estava ali perto, fui caminhar com meu cachorro na Lagoa.

Hoje acho que não falarei muito mais, de repente estou me sentindo vazio, sem incentivo, alguém entende? Sinto falta de algo que nunca tive, algo que não foi preenchido este final de semana e tenho certeza de que não é preenchido desde muito tempo. Prefiro dormir e rezar para que esta falta passe, não sei o que me acontece no momento, não sei se algo desapareceu em mim ou simplesmente nunca foi encontrado.

Termino então meu final de semana ouvindo Phill Colins, apavoradamente assustado ao ler um pouco mais sobre a teoria do
“Buraco de Minhoca” (Wormhole) e sentindo aquele maldito vazio de domingo a tarde, quase noite.


Obs.: Mais uma incognita foi criada em minha mente. Até então achei que "Rafa" fosse um amigo meu, depois achamos, eu e ele, que o "Rafa" fosse o amigo do meu amigo (dele) com o mesmo nome, mas agora já não sei quem é mais.... Quem é o "Rafa" que mora perto da minha casa, que me compreende, que mostra interesse e assiduidade sobre meus assuntos?

sábado, 1 de novembro de 2008

Crônicas do Coelhinho: A Tatuagem


Adquiri dois filmes esta semana que me chamaram a atenção. Um foi o "Lírios D’água" e o outro "Boy A". O primeiro conta a história de duas meninas que se descobrem, quer dizer, na verdade uma já sabe sobre si e a outra é quem nem imagina, o filme inicialmente parece ser monótono e induz a tirarmos conclusões precipitadas sobre quem é o casal lésbico e algumas coisas a mais. A história é bem sutil, mas indignante, assim que assisti lembrei do Dublador que lacerou-me com suas funestas palavras. Não importa, mas o segundo filme relata a história de um menino que supostamente foi o autor de um assassinato de uma menina de sua idade, na época acho que uns 12 ou 13 anos. Já mais velho ele tenta recomeçar sua vida como uma pessoa honesta, mas o ser humano muito vingativo (eu, obviamente, não sou exceção) impede que o rapaz se dê bem. É um ótimo filme para quem quer ver o outro lado das coisas e refletir sobre as injustiças dos pecaminosos humanos.

Falando em injustiça, lembram-se da moda que teve a algum tempo atrás de se tatuar nomes dos namorados e/ou namoradas? Pois bem, certa vez, quando ainda namorava o Coelhinho, resolvi fazer uma tatuagem com seu nome nas minhas costas. Quem fez para mim foi a Afrodite (rimos demais durante a confecção, pois, alguma intenção eu tinha), tivemos esta idéia quando estávamos em sua casa alcoolizados. Assim que ela fez, achei o máximo e naquele momento resolvi ir até a casa dele mostrá-lo (acho graça disso até hoje), é claro que esperei o álcool passar...

Como eu já havia relatado, desde o início do nosso relacionamento já tínhamos problemas, digo, eu já desconfiava de que ele me traia, quase toda semana eu adquiria mais uma prova pseudo-concreta sobre o que ele fazia quando eu não estava presente. Chegando à casa dele, conversamos bastante e mais tarde, na “hora H”, eu fiz com que visse a tatuagem e até hoje não ser distinguir qual foi sua real expressão, não sei se foi de indignação consigo mesmo, tristeza, irritação, enfim, sei que nunca mais vira expressão igual. Toda sua reação sexual (que acontecia um momento antes da apresentação do feito em minhas costas) foi por água abaixo. Silenciosamente dormimos.

Na semana seguinte, quando tomamos banho juntos, ele percebeu que a tatuagem não estava mais lá e me perguntou o que havia acontecido. Pessoal, mais indignado ele ficou quando falei que era de Henna, que eu nunca faria aquilo por ele ou qualquer um, além do mais, estava interessado em ver sua reação.

Daí para frente não demorou muito para eu terminar com ele, pois, depois desta reação já percebia que algo muito maior acontecia.

domingo, 26 de outubro de 2008

Um Maldito Carinha


Ontem quebrei o meu jejum de saída, fui a um bar GLS com uma amiga que aqui chamarei de Afrodite. Nos divertimos bastante, entre palavras engraçadas e algumas dolorosas levamos o final da tarde e o início da noite rindo bastante. Ganhei uma bebida de graça lá, é... Uma garçonete disse que mandaram me oferecer, era o Refrigereco do Tio (Sukita), aceitei de bom agrado, sem saber quem me ofereceu. Não demorou muito e fomos para casa, pois bebemos muito Gin Tônico e estávamos um pouco além (a propósito, está é minha bebida predileta, o GIN, pode ser com suco, refrigerante, no sorvete, na comida, em qualquer lugar, não importa onde, ainda sim é o meu Gin).

Bom, em relação a ficar, beijar, coisas do tipo, ontem não quis ninguém, estava mais para conversa, além do mais (o maior motivo de todos) não quero me precipitar em relação a isso, porque como sabemos, eu tenho aquele defeito piquinininho de me apaixonar muito fácil pelos outros, então, evitemos problemas. Hoje completa, portanto, um mês e vinte dias sem nada, nem um beijo, nem um “encostar de mãos”, sem uma carícia, nada, absolutamente N-A-D-A, é como se eu estivesse em uma bolha de ar a prova de... a prova de “sei lá”, a prova de alguma coisa.

Ainda não terminei! Hoje pensei em falar o contrário de sempre, acho que eu sou obrigado a contar alguma peripécia que aprontei com algum maldito carinha. Todos sabemos que não somos santos, nem anjos ou figuras divinas que refletem pureza, portanto, somos humanos. Erramos!

O Índio foi um cara que conheci há alguns anos atrás, ele era um ano mais velho que eu, forte, bonito, bom vocabulário, porém muito pegajoso. Nos conhecemos pela maldita internet, Jesus, se eu pudesse explodir todos os provedores de salas de bate-papo o faria com vontade. No dia mesmo nos encontramos. Porque da pressa? Minha mãe havia viajado, estávamos eu e um amigo meu sedentos por diversão e emaranhados por álcool (imagine então o meu “nickname” na sala de bate-papo). Além do mais, meu amigo já estava com a companhia garantida assim que o crepúsculo acontecesse, portanto, eu teria que ser rápido caso não quisesse ficar o resto da noite sozinho, no escuro.

Pois bem, ficamos juntos neste dia e no dia seguinte, às sete da manhã, meu amigo o convidou a ir embora, pois, nosso acordo era de que passaríamos o dia sozinhos e a noite, quem sabe, com alguém. Peço até hoje perdão para Deus por isso, sério mesmo!

Continuamos a nos falar durante a semana seguinte e nos encontramos um dia não muito longe do que nos conhecemos, mas sabe? Ele não era o cara que eu queria para um relacionamento duradouro, não sei, simplesmente não havia empatia por minha parte, achava ele sem.... Não sei, simplesmente não gostava dele, mas por sua insistência, resolvi dar uma chance que acabou em aborrecimento. Eu não suportava seu toque, era como uma lixa tentando polir minha pele, seu beijo parecia ácido, corroendo toda minha boca, sua voz tinha o som de um papagaio chato e aborrecido por uma criança que o cutucava-o com uma vareta, assim comecei a tomar antipatia dele, até que simplesmente o ignorei, não tinha coragem de falar perante seus olhos que não o queria, e ele acabou entendendo tudo da mesma forma que eu um dia viria a entender quando o Marlon e o Dublador passassem por minha vida.

Assim que terminamos, tive notícias de que o Índio espreitava e circulava pela casa do Cantor de Ópera. Mundo miseravelmente pequeno...



sábado, 18 de outubro de 2008

Brainstorm


Esta noite dormi fora de casa. Não! Não dormi com ninguém! Estava de plantão. Talvez este tenha sido um dos piores que dei até hoje, pois, discuti muito com o pessoal de lá... foi muito difícil. Cheguei em casa arrasado, dormi, acordei e resolvi sair, dar uma volta e ver se meu mal humor e os pensamentos hediondos saiam de minha cabeça. Claro, fui para a lagoa ver se o Sol me animava um pouco. Andei cerca de 12 km escutando Flowers In The Window, Let Me Out, Lullaby for Tony, Wicked Little Town, Elephant Woman, Blonde on blonde, dentre outras diversas músicas que minha “caixinha de fósforo” portava. Só que não estava adiantando muito não! Cada vez eu ia ficando mais irritado e pensando no que acontecera ontem... apressei o passo. Pensei na “Morte da Bezerra, “Que a casa caiu”... mas não adiantou muito. Cantei, conversei sozinho e nada daquele maldito sentimento sumir, assim, lamentei muito e me confirmei com a situação.

Indo embora passei novamente pelo museu e uma coisa me intrigou muito, haviam 13 noivas disputando um território de mais ou menos 100 metros (mas a parte bonita do local não passava de uns 20 a 30 m), assim, parei, coloquei meu óculos (que verdade somente fica pendurado na minha blusa aguardando momentos importantes para eu focalizar algo de longe) e vi que ambas eram retratadas e filmadas compulsivamente por alguém terceirizado atrás da máquina. Eram diversas poses, dentre elas fazendo “biquinho”, sentada, deitada, rolando (verdade!!!), só faltou fazendo piruetas e estrela. Percebi também que uma olhava a outra com expressão bastante agressiva, também já era de se esperar, disputando um espaço de um metro cada uma! Não via a hora delas se “embolarem” e juntas numa cor só, branca, iniciarem uma admirável e gloriosa briga histórica.

Mas, ansioso para continuar minha caminhada rumo ao bom humor, reiniciei os passos... Uma gota de chuva caiu sobre mim, quando olhei para trás, não havia um pôr-do-sol e sim um emaranhado de nuvens absurdamente escuras vindo atrás de mim, alertando quanto a uma possível chuva torrencial, apertei mais ainda o passo enquanto gotas de chuva caiam impiedosamente e às 18:00 horas cheguei em casa aliviado por não ter pegado o temporal que acabara de iniciar ali fora.

Obs.: Rafa, fico satisfeito em saber que gostou dos filmes (Quanto ao filme "For a lost Soldier", acho que não deram tanto ênfase devido à idade do ator, 12 ou 13 anos. Penso que seria muito "pesado" para época se acontecesse algo mais). Geralmente entro na internet, procuro sites que contenham sinopses e vou lendo uma por uma até achar alguma coisa atrativa. A cada dez atrativas, apenas uma chega a atingir o meu gosto. Abraços.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O Cantor de Ópera Que Tocava Piano


Coincidência ou não, na segunda-feira passada, logo após a minha postagem, eu assisti um pôr-do-sol igual ao que há muito não via, lindo mesmo. Era amarelo com nuvens gigantescas reluzentes, aos poucos quando se afastavam do sol se tornavam vermelhas intensas, logo ao lado destas surgiam nuvens cinza escuras irritadas anunciando que a pouco um forte dilúvio aconteceria e numa linha horizontal de um lado a outro da cidade o reflexo do sol ainda era amarelo forte, colocando um limite entre o céu e a terra. E eu lá do hospital admirando tudo isso, do lado de enfermos e funcionários distraídos com suas funções diárias. Tolos, talvez perdendo o melhor espetáculo do mundo... ou não (Quem sou eu para discutir, certo?). Refleti mais uma vez sobre minha vida e senti uma carência absurda que nem sei descrever. Porque disto? Porque sentir carência quando ficamos solteiros e sozinhos? Para que? É incontrolável! Ignore tudo.

Sobre os caras da minha vida? Hoje eu poderia falar do Marcelino Troca-Tapa, mas prefiro adiar pensamentos indesejáveis, portanto, dissertarei sobre o Cantor de Ópera.

Ele era alto, 1.86 m, na época completara 25 anos, branco, muito bonito, a voz também, adorava cantar ópera (risos), achava graça disso porque tinha momentos em que estávamos sozinhos e calados no apartamento dele e de repente soltava uma letra aguda de sua boca que fazia eu pular de susto. Ele também tocava piano e mais algumas coisas lá que nem me lembro mais, enfim, começamos a ter algo, que até hoje não sei nomear, depois que o Marcelino Troca-Tapa terminou comigo (em outra oportunidade conto tudo que aconteceu, mas no momento posso adiantar que ele passou muita raiva com o outro carinha por quem me largou), ele era muito gentil, cantava e tocava músicas para mim e tudo mais. Mas como nem tudo é um “mar de flores”, não demorou muito para eu descobrir que ele tinha outro, ou melhor, outros caras. E alguns meses depois descobriria que até seu “amigo” de apartamento era um deles!!! Ultrajante! Descobri através da internet, um dia em que eu resolvi entrar off-line em um programa de mensagens instantâneas, vi que no local em que colocava frases, estava apelativamente o telefone dele e umas palavras que quase imploravam para que alguém o ligasse. Ai, fiz o teste "tira teima” adicionando ele como uma pessoa desconhecida em outro login que me pertencia e o Cantor de Ópera caiu nessa... Foi um pseudo-choque, mas tudo bem.

No outro dia conversamos e ele confessou tudo e mais um pouco! Me pediu perdão (Claro que aceitei) e queria reatar nosso “relacionamento”, mas logo recusei. Então, nunca mais o vi. Não tenho raiva dele, pois foi cavalheiro de confessar tudo, simplesmente ignorei-o depois do fato ocorrido e desde então apenas guardo na memória o dia em que ele tocou piano para mim a luz de velas.

Wicked Little Town

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Thinkin'


Pensei bem, tem muita coisa para se escrever, mas resolvi lembrar de umas coisas:

Nunca me esqueci de quando meus pais eram mais jovens e os dois juntos todos os sábados sentavam na sala e escutavam suas gravações de músicas antigas, eu ficava por perto brincando e escutando aquele som, que um dia eu viria a gostar muito.

Lembro-me de uma cachorra que tinha quando pequeno. Toda vez que eu “aprontava” e minha mãe iria me bater, ela tinha que trancar as portas da casa, porque a cachorra ficava tão nervosa ao ver me bater que ela mordia a todos.
Alguém já assistiu “Punky a levada da breca”? Meu Deus! Eu podia passar horas vendo isso na TV. E “A Extraterrestre”? Nossa, cada vez que a Evie andava de costas eu achava o máximo! E ela parando o tempo apenas tocando a ponta dos dedos! Hoje os seriados são bem elaborados, com efeitos visuais fantásticos, mas na época, com certeza estes eram os melhores...

E o dia em que eu olhava para o pôr-do-sol sem preocupações ou pressa? Simplesmente o olhava do morro da casa da vovó no interior, parecia que o céu entrava em colapso com chamas amareladas, sobrepostas pelo vermelho intenso. A última vez em que vi o pôr-do-sol daquela forma foi quando vovô morreu. Além de nunca mais ver aquela paisagem, nunca a vi igual. O verde era intenso, o tempo era fresco e iluminado pelas faíscas de fogo que vinham daquelas nuvens, não havia qualquer barulho de seres humanos, apenas de grilos e a brisa que tocava meu rosto. Tinha a ligeira impressão de que aquilo tudo foi algo feito pelo meu avô, algo como agradecimento e abrandamento da dor que vinha de dentro de nós todos pela sua morte.

Mais recentemente senti falta da minha última viagem à praia. Daquelas tardes que prefiro encarar como se fossem sozinhas, à beira da praia, caminhando, vendo o sol desaparecer no “fim do mar”. Tinha a impressão de que o termino do dia era vermelho, refletindo a todos a cor do mar. Sabe, acho que teria sido muito agradável se tivesse ido com uma pessoa que eu realmente gostasse. Talvez teria aproveitado muito mais e me sentiria melhor ao lembrar desta recordação.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Eleições 2008


Definitivamente não me senti bem após meu último post, parece ridículo, mas imaginei nunca mais vê-lo, digo o Rapaz dos Ovos de Páscoa...

Bom, hoje inicio meu post indignado, pois, fui obrigado a ir votar domingo passado. Perda de tempo! Eu com um livro imenso de Pediatria para ler, tive que sair de casa para ir votar... Nossa, parecia um soldado com extremo rigor na marcha, com direito a “beicinho”. Não! Não votei em ninguém! Nem sei quem se candidatou! Quer dizer, os poucos que eu sabia eram candidatos funkeiros (E só fiquei sabendo porque o cartaz me chamou atenção, um número de candidato e o cara todo indisciplinado na foto... o pior é que tem gente que vai votar nele!!!)! Sério! Com direito a boné e corrente prateada grossa pendurada no pescoço na foto de propaganda eleitoral! Acho que quando eles assumirem o mandato a primeira coisa que farão (devido a grande ignorância) será aprovar a aderência da dança do ”CREU” ao hino nacional e depois assumirão “cada um o seu quadrado”, se juntando a sua insignificância e falta de conhecimento, uma vez que o intuito desse tipo de candidato é o favorecimento salarial e somente isso.

Bom, mudando um pouco de assunto, acho que terei um belo programa esse final de semana, não assumirei nenhum plantão e reservarei dois dias inteirinhos para mim, somente eu, meu cachorro e o Pôr-do-Sol...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O Rapaz Dos Ovos de Páscoa

Até eu abrir uma página no meu computador, não havia pensado em nada para postar, mas agora, neste exato momento em que escrevo, lembrei de uma pessoa que possivelmente nunca mais verei, talvez.... Ainda tenho alguma esperança, em algum lugar, mas tenho.

Eu tinha apenas 15 anos quando o vi pela única vez na vida, era véspera de páscoa e todos, inclusive ele, estavam com diversos ovos de páscoa na sacolas, nos vimos entre 16 e 17:30 hs. Lembro até da marca dos seus ovos de páscoa, a sua roupa, sua pequena cicatriz no queixo, sua barba por fazer, seu olhar...

Estávamos flertando um ao outro no ponto de ônibus, ele era mais velho (25 anos em média), bonito, branco, alto, cabelo bem rente ao couro cabeludo. Usava short xadrez e uma blusa, se não me engane branca. Talvez naquela época eu fosse imaturo, mas sabe quando surge aquele sentimento avassalador totalmente espontâneo, algo como (pode soar ridículo aqui, mas hoje sei que senti exatamente isso) “amor a primeira vista”, senti uma empatia, uma coisa muito estranha dentro de mim que cheguei a apertar os pés no chão para não ir até ele.

Quando meu ônibus chegou lamentei amargamente, mas me surpreendi quando ele entrou logo atrás de mim, sentei naqueles bancos que ficam a nível mais alto que os outros e ele ficou a uns 2 metros de distância, só que de frente para mim. Logo na minha frente havia uma mulher descendente de japonês que via umas fotos do aniversário de um garotinho com o olho puxado. Interagi vendo as fotos sem sua permissão, mas pouco depois fui interrompido por uma súbita e estranha sensação de que alguém me olhava, quando percebi era ele, o Rapaz dos Ovos de Páscoa. Logo desviei o olhar, mas sabe quando você olha ao seu redor e sempre para no mesmo ponto? Pois é, nós dois estávamos assim o tempo todo, chegamos a segurar risos, estava inevitável me concentrar em qualquer coisa, minha vontade era apenas de olhá-lo...

Depois de algum tempo, percebi que ele se entreteve com seu celular e percebi também que estava perto do meu ponto. Assim, fui ficando angustiado porque não sabia o que fazer, fiquei olhando para ele esperando alguma reação, mas nada, pensei em até descer no próximo ponto, mas naquele momento entendi que ele não queria nada (Burro Eu!!! Se eu soubesse que me arrependeria até o fim da vida, teria deixado os pontos passarem e desceria no final do Bus...rs ). Então, dei o sinal e nada dele olhar - maldito celular!!! Maldito!!! -. Desci e olhei a sua reação. Quando ele viu que eu desci, largou o celular de lado e deu sinal para descer, só que o motorista já havia dado a partida, assim, terminamos em olhares.... apenas.

Na época passei a pegar o ônibus no mesmo ponto todos os dias a fim de vê-lo novamente, cada pessoa que entrava eu achava que poderia ser ele, mas em vão.... nunca mais o vi. Fiquei muito triste na época, parecia que havia perdido alguma coisa, não sei o que, mas sabia que essa coisa me fazia falta...

Bom, depois desse pseudo-desabafo, nada mais coerente do que ver o link a seguir:

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Donnie Darko e o Buraco de Verme


Não, este título não envolve pseudônimo de nenhum daqueles caras que invadiram minha vida e degolaram-me.
Pessoal, assisti esses dias atrás a um filme muito interessante, falando sobre umas das coisas que mais gosto e que nunca mencionei aqui, aquelas teorias relativamente “absurdas” da física, sabem? Fantástico!

A história se desenrola em uma atmosfera sombria no final dos anos 80 em uma pequena cidade claramente dividida entre liberais e conservadores. Nesse turbilhão se encontra Donnie Darko, um garoto problemático com alguns traços de “esquizofrenia”. Em uma noite, um coelho gigante acorda-o, salvando sua vida, pois repentinamente uma turbina de avião despenca do céu caindo exatamente na cama de Donnie. O coelho gigante ainda profetiza que o mundo irá se acabar dentro de pouco tempo (como voês vêem caros amigos, todo coelho sempre é portador de más notícias).

Só, pessoal, que o “buraco” é mais embaixo, na verdade há uma teoria física por detras da historia, se chama “buraco de verme” ou em inglês “ wormhole” (o nome inicialmente pode não dar muita credibilidade a teoria, mas lendo sobre ela, se ignora totalmente essas trivialidades e se foca no contexto), onde seu conteúdo defende a viagem no tempo e diversas coisas muito interessantes de se pensar, pois, ele oferece um leque de informações cuja lógica talvez nunca seja provada (não enquanto estivermos vivos). É esse tipo de filme que me deixa pensando: “Será que existe realmente pessoas com distúrbio mental? Não será só vidas em dimensões diferentes? Será que o homem ja viajou no tempo, modificou as ações presentes e nos nunca notamos?” (Melhor não pensar muito nisso, senão acho que ficarei louco; E é por esse motivo que não me especializarei em psiquiatria (viajo muito junto com os pacientes mentais)).

Ainda, mesmo que você assista ao filme e acha que entendeu tudo, não, você não entendeu nada. Existe um resumo detalhadissimo na internet onde relata toda a lógica do filme baseada na teoria, e esta também se encontra em livro, na verdade, o livro que o Donnie lê é real e tem uma tradução também disponível na internet, com imagens e tudo!

domingo, 28 de setembro de 2008

Parado Naquela Estação


Terminei pessoal, isso mesmo, terminei de uma vez por todas o relacionamento com o Terceiro Carinha. Quem quiser que ria a vontade, mas eu rirei mais alto porque sei que fiz a coisa certa.

Hoje quero falar de uma pessoa que até hoje me dói o coração, me arrependo amargamente de algo que não fiz... ??? Não sei, me arrependo mesmo e toda vez que penso nele me dá um frio na barriga e um aperto no coração...

Engraçado como as coisas são. No último post meu, citei o Marlon (pseudônimo de mais um daqueles carinhas que abriram uma lacuna extensa em minha vida e que se parece com o Marlon da dupla Marlon & Maicon) e adivinha quem eu vi outro dia na rua? Isso mesmo! O Marlon! Na hora fiquei até tonto de tão surpreso e fascinado em vê-lo, mas ele graças a Deus não me viu, e assim continuei minha rota, feliz ou infelizmente.

Ele foi um dos caras mais velho que fiquei, talvez um dos mais amorosos, rapidamente passageiro mas o mais marcantes. Nos conhecemos em um lugar não tão agradável que nem merece ser mencionado e no dia seguinte já estava sendo apresentado a todos os conhecidos dele como seu namorado (isso sem o meu consentimento informado), mas sabe? Na época eu havia terminado com o maldito Coelhinho (aquele vai e volta) e estava com os “nervos a flor da pele”, chorava por qualquer coisa, enfim, deu para entender onde eu quero chegar, certo? Não? EU CHOREI NA FRENTE DO MARLON!! Diversas vezes chorei de ódio por tudo que aquele pequeno e inofensivo Coelhinho da páscoa fez comigo, mas nunca falei o porque dos choros (mas sei que ele não era bobo e que alguma coisa captou), ele nem sequer sabia sobre minha vida amorosa antes dele. Além do mais, na época eu não tinha maturidade para levar um relacionamento com um cara que poderia ser meu pai, era complicado.

Hoje eu entendo isso porque tive como base o Terceiro Carinha, não que eu seja velho, mas ele era muito novo e imaturo para conseguir se estabilizar em um relacionamento. Enfim, eu e o Marlon sempre tínhamos divergência de pensamento e acabávamos brigando todas as vezes em que nos víamos, era muito difícil, mas eu gostava muito dele, dava ate dó... Até que chegou o dia em que brigamos e ele nunca mais me atendeu, como sempre, fiquei ali, parado naquela estação até hoje, com o sentimento um pouco menos intenso, a maturidade já adquirida e ainda gostando fortemente dele.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Por um Soldado Perdido

Faz muito tempo que ando em falta com meu blog, talvez pelo simples fato de sempre eu levar o mundo nas costas e cismar que agüento... (silêncio mortal)... Sim! Estou bastante errado...

Completei a pouco tempo atrás um mês de namoro com um cara que nem mesmo me faz feliz, não como um namorado. Para falar a verdade não sinto nada por ele, não como namorado... Não tenho arrepios quando sou tocado, não sinto um frio na barriga quando o vejo, nem meu coração dispara, não sinto sua falta ao meu lado, não sinto nada. Meu sentimento por ele é o de um amigo, mais nada.

O Terceiro Carinha, sim! Com ele que estou namorando! Ele é mais novo que eu, adora uma discussão, a maldita “DR”, sabem? Acho que por isso que não me permiti gostar dele... Lutei como um bravo soldado contra esse sentimento não favorável, mas não agüentei, me rendi, tenham pena de mim, apenas um soldado cansado... perdido.

Hoje procuro sossego, tranqüilidade.... Não alguém que todos os dias briga comigo.... TALVEZ hoje eu entenda o que o Marlon fez comigo. TALVEZ.

Nossa! Esses dias eu vi um filme excepcional, “Por um soldado perdido” fala de um assunto tabu. Fantástico o filme, é alemão e se passa naquela época de Hitler na caída do Terceiro Reich. Um Militar se apaixona por um menino muito mais novo que ele de 12 anos, e é correspondido. Pessoal, o filme é aproveitoso principalmente para pessoas que queiram saciar a vontade de amor momentânea,... um prato cheio.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Desculpas


Peço desculpas de antemão, mas ultimamente ando meio sem tempo... praticamente um mês de correria e de mudanças. Só para abreviar, porque depois contarei mais detalhes:

  • Estou trabalhando mais do que nunca;
  • Estou namorando;
  • Estou pensando seriamente em terminar;
  • Pessoas passam "o rodo" mesmo;
  • Ninguém é de ninguém?
  • Assisti a alguns filmes fantásticos da temática GLS;
  • Comprei um livro muito bom de CTI;
  • Meu almoço é livro e a sobremesa é um artigo científico com cobertura de caramelo;
  • Assumi mais um plantão noturno onde encontrei o Menininho de alguns postes anteriores;
  • Hoje eu posso dizer que "Só sei que nada sei". Não sei se quero namorar.... Falta-me tempo.

Prometo postar até o meio do mês, mas agora não dá, estou sobrecarregado...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Terceiro Carinha


Não, de antimão já digo que não é um amante.

Desesperadamente emotivo eu entrei na internet no domingo a noite, depois de um bolo de cenouras que levei do meu Amigo de Verão... Nossa, não sei porque insisto na idéia de encontrar ele....

Estava precisando falar com alguém. Sentir que alguém tinha interesse em mim. Então, loguei com o codinome “Cara Sério” e três pessoas me solicitaram conversa. O primeiro era um cara que falava em ter um relacionamento com alguém, mas que esse “alguém” aceitasse sua condição de casado, logo desisti de continuar o papo. O segundo dizia ser executivo lá do Rio Grande do Sul, 48 anos!!!! (Não tenho preconceito quanto a idade, quis aqui apenas frisá-la). O papo não estava fluindo legal, acho que ele queria na verdade um garoto de programa... talvez um acompanhante de executivo, mas como não sou....

Aí, quando eu pensava em desistir, apareceu o Terceiro Carinha com um papo, no momento, plausível e sutil, para não perde-lo, dei meu endereço de mensagem instantânea e ali ficamos conversando durante horas. Ele mostrou-se bastante ansioso para encontrarmos, então, deixamos marcado para terça.

Uma gracinha de pessoa, pessoalmente mais bonito ainda, mas uma cara de novo... Mas tudo bem! Fomos ao cinema neste dia, na quarta e no domingo nos encontramos, mas com o intuito de ficar, pois, até então estávamos somente conversando e ficando de mãos dadas no cinema. Mas no domingo tudo mudou, fomos a um bar GLS justamente para ele poder me beijar sem qualquer preocupação de “quem verá o que”.

Não me pergunte no que vai dar, porque eu realmente não sei...

domingo, 27 de julho de 2008

Um Pequeno Descarrego de Sentimentos


Um milhão de velhos soldados irão desaparecer por aí, mas um sonho continuará para sempre. Eu fui deixado aqui e não tenho nada para dizer, tudo é tão silencioso dentro de mim...

Mil amores verdadeiros viverão e morrerão, mas um sonho vive para sempre. Os dias e os anos vão continuar passando tão rápido, mas o tempo parou no meu sonho.

Nós todos possuímos esperanças e medos, e eu não sou uma excessão, mas isso não me faz passar por um mar de lágrimas na maior tragédia da vida.

Você está a tanto tempo atrás e tão distante, mas meu sonho vive para sempre. Eu acho que sempre vou acreditar que eu vou te ver algum dia. Sem isso não haveria um sonho.

Você está a tanto tempo atrás e tão distante, mas meu sonho vive para sempre. E o quanto eu te amei você nunca saberá até você entrar no meu sonho.

E o quanto eu te amei você nunca saberá até você entrar no meu sonho .


Obs.: Prometo que semana que vem estarei melhor para continuar a saga maníaca de delatar os caras da minha vida.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Meu Ponto de Vista


Esse post pode soar um pouco preconceituoso, mas de antemão digo que não é essa a minha intenção. Evitei até colocar aquelas imagens escandalosas de travestis com peito de fora e gays “andrógenos” como de praxe vemos todos os anos em diversas “paradas”.

Domingo passado foi a Parada “Orgulho Gay” de Belo Horizonte, infelizmente marcada por diversos fatos lamentáveis que todos os anos se repetem e fazem com que sejamos o motivo de riso para o mundo. Bom, digo isso porque não entendo o porque desse evento, uma vez que é um afronto com a sociedade onde deveria ser mostrado o motivo do orgulho de ser gay, mas acontece o contrário! Travestis com os seios de fora, lésbicas e gays insinuando sexo o tempo todo, cheio de gente drogada, alcoolizada, arrancando neste evento o pior de si.

Penso que devemos ter orgulho do que somos e devemos também mostrar o lado bom das coisas. Imagina se os heterossexuais cismassem e fizessem a Parada do “Orgulho Hétero” colocando seu lado mais sombrio a flor da pele, mostrando seus desejos mais “cabeludos” para todos? Será que o “mundo GLS” os respeitaria?

Posso estar sendo bastante radical, mas acho que nossa “classe” está em desvantagem devido a esse tipo de atitude, não que devamos sair as ruas de terno e gravata falando como somos bem sucedidos, mas pelo menos mostrando um pouco de sutileza, dignidade e comportamento plausivel para ser aceito por qualquer pessoa indiferente do sexo.

domingo, 20 de julho de 2008

O Garoto de Programa


Não sei porque, não sei como, mas esses dias lembrei-me do segundo cara que fiquei... um desastre, talvez uma batida de carro sem vitimas ilesas.. Meu Deus!

Era noite, eu tinha apenas 16 anos quando entrei em uma boate GLS, estava assustado demais, achava que estariam lá aqueles caras com roupas de couro, chapéu e chicote querendo me perverter. Nada disso simplesmente pessoas, não tão simples, mas pessoas. Foi uma noite “bacana”, conheci o primeiro cara que fiquei, cujo meu estômago embrulhou devido ao seu beijo extremamente invasivo e o Garoto de Programa que foi o segundo e último da noite (é esse seu codinome porque seis anos depois eu descobriria sua verdadeira profissão).

Minha personalidade mudou tanto desde que me tornei gay, sempre, até então quando eu me entendo por gente, me apaixonava fácil pelos outros, portanto, com o Garoto de Programa não foi diferente, enquanto a noite passava, eu ia me apaixonando cada vez mais... que tolice... No final da noite, quando íamos embora, perguntei se ele não queria meu telefone. Desapontadamente percebi no seu rosto a resposta, “não”, que não foi condizente com sua atitude. Acho que por EDUCAÇÃO ele retirou seu celular do bolso e anotou meu número, mas ambos sabíamos que nunca mais nos falaríamos.

Prognóstico perfeito! Nunca mais nos falamos diretamente, sempre quando ele me via pela rua ou qualquer lugar que fosse, olhava para mim com aquela cara amistosa, mas culpada. Não entendia o porque até então, mas aí, passados os anos eu fui compreender tudo, sua vida era complicada demais para se envolver com alguém, naquele dia em que nos conhecemos, seu “cafetão” estava perto, inclusive, intermitentemente ele ia perto de nós dois e cochichava alguma coisa em seu ouvido. Enfim, sabe quando todos os fatos se juntam e você consegue fazer um diagnóstico perfeito? Pois é, tive um orgasmo intelectual, uma decepção imensurável, mas uma felicidade de não precisar ter passado por nada do que possivelmente aconteceria se ficássemos juntos e eu descobrisse tudo.

domingo, 13 de julho de 2008

Emotivamente Sozinho


Este fim de semana não trabalhei, nem estudei, simplesmente pensei na vida, em como ela está, então tive tempo de refletir algumas coisas. “Cabeça vazia, oficina do Diabo”.

Sabe aquele dia que você só escuta aquelas músicas emotivas, olha para o lado e vê que falta algo? Pois bem, foi assim meu fim de semana. Não acontece isso constantemente, nem eventualmente, mas...

Admito com letras em caixa alta: PRECISO DE ALGUÉM, UM PORTO SEGURO. Descobrir que trabalhar não é tudo, dinheiro não compra felicidade, muito menos eletroeletrônicos substituem a sensação e o prazer de estar com alguém.

Esse final de semana senti falta de alguém do meu lado, alguém que me ligasse e mostrasse que faço falta em sua pequena ou grande vida. Tudo bem! Tenho parentes e amigos que sempre ligam e se importam comigo, mas ambos sabemos que não é tudo. Preciso de um novo alguém com quem possa me apegar, beijar, gostar, amar... Esse maldito fim de semana quase “quebrou minhas pernas”, fiquei bastante emotivo, não choroso, mas emotivo.

Pensei mais uma vez também naqueles caras que um dia juntaram-se à jornada da minha vida e que me abandonaram covardemente. Deu-me um aperto no peito, o mesmo sentimento quando eu havia sido abandonado... Nessa hora respirei fundo e pensei em coisas boas.... Praia, Sol, água azul, areia... Nossa!

Com toda certeza este não foi um discurso apelativo ou desesperado, nada disso, ainda estou no controle da situação, a espera de um milagre...