domingo, 28 de março de 2010

Pool Party

 

Sábado passado (20), fui a uma daquelas festas na piscina - Pool Party! Ieeeeee!!! - à meia noite - ????. Bom, ela começou na sexta feira com a intenção de terminar no domingo à tarde, mas como eu estava de plantão, só pude ir no sábado à noite. O local já era conhecido por mim, muito bonito, a piscina magnífica, de cor verde escuro, extensa e relativamente profunda para quem não sabia nadar... Tudo, na casa dos pais do Cara, que por sinal haviam viajado e deram a chave para o pródigo filho pentelho, abastado de alguns anos a mais que eu.

Ele convidou seus conhecidos e alguns desconhecidos para salgar a festa que, a propósito, estava no seu ápice quando cheguei. Confesso ter ido receoso, porque eu odiava os amigos dele, sempre falando de seus carros caros, roupas de marca e bundas, “big bundas” de homens que já haviam ficado - Acho que eram os héteros do lado gay! Para falar a verdade fui pelo fato dele ter vindo aqui em casa me pegar, por já saber que eu não iria por vontade própria, como se fosse “Ou vai, ou vai, porque eu já estou aqui!” - Sem ofensas, Cara!

O povo era diferente dos que eu havia conhecido, e por sinal bastante agradáveis - Verdade! Não muito inteligentes, sem muitas contestações e adoravam beber, “encher a cara”. Ri muito das baboseiras e alienações expostas por alguns que achavam ser o centro das atenções, principalmente de um, o futuro massagista que será citado posteriormente no texto.

Festa vai, festa vem, o pessoal bastante animado, nadando num frescor proporcionado pelo tempo, até que um homem, que havia bebido demais quase afogou na piscina. O mais engraçado/dramático foi que logo que o tiraram RESPIRANDO da piscina, fui tentar avaliá-lo e um “metido a gostosão” me empurrou, jogando-me no chão e iniciou a manobra de reanimação cardiopulmonar (RCP), porém, em vez de massagear uma determina região do tórax, massageou o estômago - Nem precisava de massagem já que o indivíduo respirava e tinha um forte pulso! O Cara me ajudou a levantar e, já sabendo o que iria acontecer, chamei o Cara para sair de perto. De repente - Batata! - o homem ingurgita um jato de vômito generoso e voraz no “Massagista” que, por sua vez, soltou um palavrão que ecoou por toda vizinhança em plena 03:00 a.m - Ouh! (risos e muitos risos) Não consigo esquecer a cara desolada, embebida em vômito que ele fez... Muito épico! Sublime, diga-se de passagem. O Cara ajoelhou de tanto rir, dizendo “Você não vale nada, Thinker!”. A platéia? Nem sabiam o que falar, mas senti uma ab-reação grandiosa no rosto de muitos, um verdadeiro e digno Provérbio Klingon*.

Assim, o Massagista foi embora irritado após o Cara chamar sua atenção por ter sido grosso comigo, o atleta bêbado acordou a seguir ao jato supremo de emese, tivemos que ajudá-lo a se recompor e como toda boa ação tem sua “recompensa”, ganhei um novo, descompensado e feliz colega, o Inconseqüente Bêbado Nadador.


Obs.: *"A vingança é um prato que se come frio"

terça-feira, 16 de março de 2010

O Abraço


Oh! O abraço... Ele acontece entre duas ou mais pessoas e é considerado a partir do momento em que o indivíduo fica, parcialmente ou completamente, entre os braços do outro.

Dizem que foi coisa inventada neste século (???). Particularmente não sei se é verdade, mas algumas fontes afirmam que veio da Itália, onde os mafiosos usavam desta artimanha para dar "tapinhas" nas costas e apalpadelas, a fim de revistarem o corpo alheio a procura de armas e afins.

Não sei deles, mas um abraço bem dado sempre é bem vindo, seja de um amigo, um "pré-conhecido", um parente, um amor....

Ah! Este último é meu favorito. Um abraço de alguém que a gente ama, definitivamente, é um dos melhores - Para não fazer desfeita com os outros. Aquele abraço em que as pernas se enroscam, as coxas se esfregam, as barrigas se sentem, os braços se contornam, os lábios se encontram, os peitos se encaixam, sentindo, então, o intenso calor entre ambos, o coração batendo, a respiração ressurgindo a cada segundo, o cheiro, o gosto, o sentimento que um tem pelo outro e a incansável tentativa de se tornarem apenas um naquele momento.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Uma Crise Próximo ao Dia 15: Mercado das Carnes


Afrodite e Lesada sumiram, foram para mais uma jornada - Viagem - a fim de apaziguar algumas deturpações advindas lá dos anos 90 que corrompem seus relacionamentos, que finda não sei quando, onde ou como. O Fotógrafo, esperto e ágil, ainda pula alguns pavios com vela acesa e eu, de férias, fico aqui em casa grande parte do tempo, tendo pensamentos hediondos e tentando superar minha suprema e desagradável ansiedade que me consome por dentro, faz reviver o meu passado e me causa sintomas viscerais - É verdade! Sofro daquele mal do intestino irritável e para piorar as coisas, contemporaneamente, fui agraciado com uma dor abdominal lacerante no quadrante inferior direito - Não! Já descartei a hipótese de apendicite... Sem leucocitose, "desvios para esquerda", febre... - que só acontece quando estou irritadamente ansioso e/ou frustrado. Assim, imaginem minha semana? Segunda-feira em casa repuxando a perna direita de tanta dor no local, terça-feira levantando exorbitantemente bem, mas a dor vinha de acordo com os desgostos diário e hoje, para variar, mostrou presença em alguns momentos consumados pela minha impaciência desagradavelmente provocada.

- E ai Seu José? Como retornar ao ritmo normal das coisas? Será que é só passando do dia 15?

Ando com os nervos “à flor da pele” desde o dia que tive que ir à comemoração do aniversário da Lesada em uma danceteria GLS - Meu Deus! Como sofri! Havia muitos gays no local, inclusive o Cowboy que, inicialmente, arriscou uma amistosa prosa, para no final, tentar mais uma vez usurpar minha dignidade - Corri léguas de distância. Presenciei aqueles malditos olhares debochados dos caras para os outros menos abastados de beleza, fui obrigado a ouvir diversas cantadas descaradamente “sacanas” e perniciosas, e escutei muita conversa chula e crítica de alguns “rapazes” no ambiente em que eu estava - Fora o fato da Afrodite “desmoronar” todos os seus problemas em um momento inconveniente. Para que servem estes lugares? Já que não se pode realmente divertir, dar um sorriso alegre, dar uma “manota” que seja sem querer? O ambiente é muito carregado, cheirava a sexo e promiscuidade, pessoas se olhando, comparando, mostrando o que tem e o que não tem, para que? No fim, a esmagadora maioria ali dentro, não passava de um pedaço fétido e suculento de carne viva... O ilusório e grotesco Mercado das Carnes!

“Vamos lá Mister Thinker” dizia uma voz em minha cabeça, “Repira, respira, você pode ser melhor que isso”. Assim, agüentei até o final, por dentro, demasiadamente irritado, mas agüentei a noite toda, literalmente.

Ainda bem que nosso Deus morreu e ressuscitou, levando vosso corpo para algum lugar que um dia descobriremos, senão, eu apostaria todas as minhas moedas de ouro que seus restos estariam se contorcendo inquietamente dentro de seu túmulo aqui na Terra.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Anfitrião da Casa


Umas duas semanas após conhecer o meu Amigo de Verão, conheci, por intermédio do mesmo, o Soldado bonito que tinha uma mãe simpaticamente agradável e um cachorro chamado Bob. Na época eu ainda não tinha uma opinião homossexual muito bem formada, até então havia beijado apenas com mulheres.

Saíamos eu, ele e meu Amigo de Verão numa quinta feira para bebermos, passamos no apartamento de um cara que até então não conhecia, mas que futuramente seria a peça chave para “findar” o nosso relacionamento amistosamente incontínuo, digo meu e do meu Amigo de Verão, o Enganador. Confesso que ele tinha poucos, mas perceptíveis trejeitos de gay, embora o corpo fosse esplendorosamente masculino, ainda sim dava para perceber. Quando olhei para ele falei com os meninos que achava esse cara bastante “estranho” e que deveríamos ter cautela - Tadinho de mim!

Chegando lá, os meninos foram tomar banho e eu e o Enganador ficamos sozinhos. Eu com mais medo que o “Diabo da Cruz” e ele surpreendentemente à vontade e bastante anfitrião, até que ele me apresenta pinturas que havia feito, uma a uma, feita em um papel cujo nome não recordo, mas do tamanho de uma folha A4. Realmente ele tinha algum talento - Algum, mas tinha!-, as pinturas eram chamativas, mas mais chamativo e alertamente perigoso foi sua mão inicialmente no meu joelho que começava a “migrar” para uma região perniciosa, sentido coxa. Até então não sabia o que fazer, a importância maior foi advinda da tentativa de, pela virilha, tentar alcançar algo abaixo da minha roupa íntima. Reação melhor não teve: um pulo, grito e um susto relativamente discreto, que o fez recuar. Mau eu havia iniciado o segundo grau e as coisas começavam a brotar descompensadamente em minha vida!

Respirei fundo, percebi o rubor em nossas faces, mais constrangedor era impossível. Observando tudo, ele armou-se para conter qualquer atitude agressiva minha - Que é obvio que não aconteceu -, me pediu por diversas vezes desculpa e deprecou por discrição e segredo, já que os caras estavam na “casa” - Depois eu viria a entender o motivo do sigilo daquele momento.

Logo a seguir, os meninos saíram do banheiro - Cada um de um - e me viram sentado no sofá, calmo, envolvido em pensamentos que até hoje não me lembro bem quais foram.

Saímos para a boemia, a maioria de nós, contentes. Alguns ficaram com mulheres, nem que fosse para se “auto-afirmar”, outros, apenas observaram.

Ao retorno, fomos para o apartamento do Enganador, confesso que ao entrar pela segunda vez me senti num abatedouro, imaginei esse cara e todas as suas presas masculinas entrando por aquela porta, sentando no sofá e depois adormecendo profundamente em pleno leito depois de uma martelada exorbitantemente pesada na cabeça.

Fui direto para o quarto de hóspedes junto com o Soldado, pois havia apenas duas camas, e meu Amigo de Verão, que negou a homossexualidade do anfitrião da casa de pés juntos, foi dormir com ele... Mau eu sabia de toda a história...