domingo, 25 de abril de 2010

Fragmentos de Mister Thinker: Um Domingo


14:30 Afrodite liga, marcamos Pôr do Sol, Pampulha.

16:40 Acordo desesperado, atrasado, duas chamadas. Afrodite. Corro para o banheiro, cabelo, dente, água, toalha. Quarto, guarda-roupa, roupa, perfume, rua, ônibus, transito.

17:20 Pampulha, Afrodite, Pôr do Sol. Verborragia, fala, diálogo, monólogo, interrupção.

18:00 Parque cheio, criança, adulto, tio. Twist, subida, silêncio, conversa:

- Afrodite, ando meio chateado...

Gira, sobe de vagar.

- Temo que ficaremos sozinhos no fim da vida!

- Mas você tem a mim, Thinker!

- Digo em relação a companheiro, amor, dupla. Em nosso “meio” sabemos que tudo se pode. Nem em casamento, que um dia já foi julgado como instituição estável, hoje em dia passa um mês, se dissipa pelo ar ou acaba na frente do trono do Juiz e se divide os bens por puro interesse. As pessoas não estão satisfeitas com nada e sempre optam pelo novo que está “dando mole”! Olha a Sandra Bullock, aparentemente perfeita e o marido foi acabar com aquela mulher estraaaaaanhaaaaa...

Twist sobe, sobe, sobe, desce, frio na barriga. Sobe de novo, sobe, frio na barriga:

- Eu quero descer Afrodite! Isso vai caiiiiiiiiir!

Desce, sobe, na longitudinal, enjôo, enjôo, casamento, fim sozinho, dobradinha...

- Dobradinha, Mister Thinker?

- É! Dobradinha me dá enjôo!

Tonteira, desespero, vasoconstrição, adrenalina, estupor, desce, sobe, desce e pára...

Tonteira, algodão doce, carro, final do jogo do Cruzeiro, transito, engarrafamento, atalho, centro.

Comida, comida, salmão, arroz, comida, Hashi, conversa séria, pseudotensão, amortecimento no estômago, conta cara, pagamento, saída. Carro, sinal vermelho, conversa, sinal verde, música, risos.

21:00 Praça da Assembléia, balanço, “balango”, “balango”, vento no rosto, reclinação, conversa, conversa, árvore, areia, estranhos, brisa, vento, rosto, recordações, infância, olhos fechados, Fotógrafo, amor, saudade, carência, distância, desequilibro, susto.

Carro, trânsito, verborragia, EMOrragia, divertimento, música, surpreendimento.

Pronto. Em casa, internet, Fotógrafo, conversa tensa, amistosa, amor, amor, Gummy Bear, Batata de latinha, Suco de caixinha, satisfação, dia fantástico, Afrodite, amizade, amor. Sono, preto.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um Pequeno Sermão


Não consigo entender o porque das pessoas colocarem a embalagem de leite dentro da geladeira quando ela, na verdade, não contém leite, já que está vazia!

Isso significa que ela pertence ao lixo!

Porque as pessoas fazerem isso? Será que é algo tipo aqueles "trials" onde as pessoas são testadas e filmadas sorrateiramente e depois averiguados os diversos tipo de reações? Ou será apenas uma traquinagem sem graça para iludir pessoas com vontade de tomar leite, e quando chegam lá, se decepcionam ao acharem a embalagem vazia?

Não é justo! O que eu vou fazer com "um dedo de leite"? Isso gasta muita energia! Gasta tempo! Imaginem: abrir a porta da geladeira, levantar o braço, mover músculos, gastar ATP, respirar/trocar gazes entre o alvéolo e sangue, colocar a embalagem vazia na prateleira e depois fechar a porta e ir embora?! Ao invés disso, tome o resto! Jogue a embalagem de uma vez por todas no lixo e pare de amolar as pessoas!

Assim, ao terminar alguma coisa, jogue ela no lixo! De fato, essa teoria deve ser aplicada às outras coisas que são findadas também.

sábado, 17 de abril de 2010

Baderneiros Festivos*


De repente você se depara com um eloqüente sentimento por uma pessoa que não vale a pena. Fria, que está ali, durante a vida, apenas para desviar o caminho dos outros, que se mantém apenas para estar, não para ser ou viver. Que arrasa o caminho alheio e prazerosamente destrói qualquer mínimo resquício de esperança existente em alguém.

Gente inconseqüente, interpretadora do “viver” como um jogo hediondo onde potencialmente o vencedor deve ser sempre ele, seja de uma forma boa ou ruim. Que não sabe o que quer da vida, baderneiro festivo, que não tem senso, que ri nos momentos de desgraça e ao mesmo tempo chora por não ter um pingo de congruência perante sua existência, que não tem respeito pelo outro, que não tem valor moral a ponto de se calar diante de argumentos plausivelmente invasivos, incisivos.

Pessoas que se insinuam, expressando um conteúdo admiravelmente vazio, um vácuo disperso excitantemente tentador, sexual, sedento por um toque ingênuo para alcalinizar suas energias e envenenar a contraparte. Para que no momento final, a existência daquele ser não valha de nada, apenas mais um, cuja batalha foi perdida e o vencedor da armadura de ferro foi ele. Mais um ensangüentado no chão podre da porta de um chiqueiro, cujo morador principal é o vencedor.

O culpado “íntegro” da batalha foi o jogador, que aceitou a batalha, que lutou achando que um dia poderia mudar o futuro, que acreditou nas palavras insanas, forjadas e lesivas de alguém. Que só percebeu a ingênua idiotice que fez, no momento em que a faca estava cravada no seu coração.


Obs.: *Texto escrito há um ano atrás, após assistir àquele filme "Naissance des Pieuvres" (Lírios D'água). O filme é fabulosamente dolorido.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cidadezinha Cruel


Você sabe, o sol está em seus olhos
Furacões e chuvas
O céu negro e nublado

Você está correndo para cima e para baixo naquele morro
Você se ligar e desligar à vontade
Não há nada aqui para se excitar ou derrubar
E se você não tem outra escolha
Você sabe que pode seguir a minha voz
Através dos túneis escuros e ruidosos
Desta cidadezinha cruel

Oh a Sra. Sorte lhe trouxe até aqui
E eles são tão contorcidos
Eles vão torcê-lo, tenho medo

O piedoso, ódio e devoto
Você está fazendo traquinagens até se acabar
O vento tão frio que queima
Você está se queimando e soprando em volta
E se você não tem outra escolha
Você sabe que pode seguir a minha voz
Através dos túneis escuros e ruidosos
Desta cidadezinha cruel

O destino é vicioso e eles cruéis
Você aprende muito tarde, quando já te usaram
Dois desejos
Como um tolo

E então você é alguém que não é
E nesta cidade não é o local
Lembre-se da Sra. Lot e, quando ela virou-se
E se você não tem outra escolha
Você sabe que pode seguir a minha voz
Através dos túneis escuros e ruidosos
Desta cidadezinha cruel

Wicked Little Town