quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Uma Leve Anedota


Estas três últimas semanas foram muito intensas, confesso não ter tido muito tempo para pensar em blog, pois ando trabalhando muito, e o pouco tempo que tenho está sendo dedicado ao Husky Siberiano que assola todas as noites da minha vida com sua pele quente envolta em meu corpo e os seus grandes olhos azuis me flertando, alertas como sentinelas guardando seu reino - Ah! Como o amo! Mas hoje, retornei para contar-lhes uma anedota após meu retorno do Outside social e no post a seguir prometo fervorosamente contar o que aconteceu de mais especial em minha vida - Se é que alguém quer saber, não é Mister Thinker?!

Há uma semana fomos eu e o Husky no BH Shopping e, como muitos devem saber, ali só freqüentam pessoas de classe média alta - Lembrando que para toda regra existe sua exceção. Entramos em uma loja de eletrodomésticos sofisticados e olhamos alguns aparelhos interessantes. Um pouco cansado, sentei em uma sala planejada com uma TV de plasma ultra, mega grande em 3D. Coloquei os óculos para visualizar o efeito e perdurei ali enquanto o Husky explorava o IPad. De repente sentou ao meu lado um garotinho loiro, olhos azuis, pele branquinha, com bochechas rosadas, e olhou para mim com um ar de deboche dizendo “Meu pai me deu uma televisão igual a esta de presente de aniversário, aposto que você não tem uma!”. Logo refleti, “será que estou mau vestido, com cara de pobre? E se fosse? Qual seria o problema?” Ainda olhando para televisão, pensei em como havia sido a criação daquela criança que não deveria portar mais que seus oito anos de idade e já debochava de todos sem qualquer pudor. Ainda, pensei em como a sociedade anda criando monstros e inserindo-os sigilosamente em nosso meio, exemplo melhor que o daquela “fedelha” de sobrenome alemão que matou os pais dormindo, não há. Outro exemplo fantástico? Aquele ator que matou uma atriz com tesouradas, filha de uma escritora de novelas. E o bulling sofrido por diversas crianças durante o pré-escolar? Cá para nós, sabemos que tudo isto não passa de reflexos familiares, ou seja, reflexo da educação adquirida no ambiente familiar.

Enfim, diferentemente daquele garotinho de 8 anos, eu não iria devolver nem uma mísera palavra, além do mais, se fizesse isto estaria regredindo à idade dele. Retirei os óculos 3D, que por sinal estava me incomodado e duvido que alguém usaria aquilo sempre que fosse assistir televisão já que restringe a visão de 180°, esbocei um sorriso simpático a ele dizendo “sorte a sua” e senti a perspectiva de que o mundo o engoliria logo que crescesse, como outros.