quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Passos de Dinossauro


Recebi uma noticia meio estranha esta semana... Um dos poucos dias que eu passo em casa, ocioso, morgando - Padecer em preguiça- em todas as posições em minha suculenta, macia e agradável cama, fui chamado pela minha mãe para uma verborragia que futuramente ainda me atordoará por alguns verões.

Ela me perguntou como estava minha vida e o que eu pretendia. Eu, com um rosto levemente assustado, disse que iria me casar, continuar a trabalhar e perdurar em meus estudos. Perguntou se eu estava com planos de comprar apartamento por agora, essas coisas estranhas que até então o motivo não estava bem elucidados. Logo fui ao ponto e a questionei o motivo de tudo.

Resumidamente fui convidado a comprar um apartamento ou ela continuaria a pagar a nossa casa, pois ela não mais moraria aqui, já que sua mãe, minha avó, sofrera do mal que paira fervorosamente entre os idosos, o maldito Alzheimer. Disse que precisava ir cuidar de sua mãe, e não mais moraria em Belo Horizonte. Faria o êxodo rural reverso e moraria feliz com sua mãe.

Eu, sem muita alternativa, logo a apoiei - Se eu não fizesse isto, estaria sendo egoísta de querê-la comigo sem tanta necessidade -, mas por dentro foi quase uma descarga de pelo menos 100 mil volts, onde meu coração palpitou, caindo em franca arritmia e meu cérebro cheirou a queimado, acho que cozinhei com a severa notícia.

Pensando muito, fui para o meu quarto e mais ainda pensei onde compraria um imóvel o mais rápido possível. Na hora nem lembrei que estava noivo, muito menos que tinha perspectivas singelas de casamento. Entrei na internet e logo iniciei uma busca apreensiva.

Não muito mais tarde, conversando com o Husky, falei sobre o ocorrido. Sem qualquer hesitação ele se colocou na frente e disse que procuraria nossa casa para comprar com deadline para três meses. Mais uma vez confesso ter me espantado, pois achei que nosso compromisso estava meio “solto”, não pelo fato de não nos gostarmos - Pelo contrário, tenho certeza que ele me ama muito e isto é recíproco -, mas pela falta de planejamento, não temos nos entrosados sobre o assunto. Mas pela resposta que obtive ao comentar sobre o assunto, penso que as coisas tendem a progredir a passos dinossauro, do Tyrannosaurus Rex.

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Uma Passadela por Aí


Vou passar aqui rapidinho, pois acabei de chegar da academia e daqui há uma hora meu noivo passa aqui para me pegar para mais um fabuloso final de semana.

Há dois finais de semana atrás, a Narizinho, amiga Lésbica do Husky Siberiano que se parece com a Narizinho do Pica Pau Amarelo, insistiu para irmos a uma danceteria GLS, dizendo que se sentia sozinha, sem companhia. Depois de muita insistência, resolvi aceitar o convite e arriscar uma “passadela” no local. Confesso que meu coração doeu na hora em que concordei com a saída, pois, sabia o que me esperava.

Chegando lá, observei bastante o local que era pouco apresentável, mais parecia um porão que um lugar social gay, mas tudo bem, “está na chuva é para se molhar”, “o que é um peido quando se está todo cagado”, “arrumou sua cama, agora deita” e outros ditados incitei em meu pensamento.

Mau entramos e já me senti aquela tristeza, principalmente porque não poderia beber, já que estava com meu carro. Sentamos numa mesa ao lado da pista de dança e observamos o “engrandecer” daquele lugar. Minha cabeça estava longe, um pouco além do caminho para a Lua. Fiquei imaginando algum ex namorado meu chegando la e vindo me cumprimentar - Porque todos são cara de paus e mesmo sabendo que eu não quero papo, fazem questão de virem atrás de mim. Esse pensamento ia me dando um aperto na garganta, uma ânsia até que voltei onde estava e resolvi tentar me divertir.

Quanto mais cheio o lugar ficava, mais eu me irritava. Percebi que o homossexual não respeita ninguém, nem a si mesmo, em sua grande maioria, sabe por quê? Eu estava com meu noivo dançando, ele me beijando, trocando carinho comigo, ambos de aliança no dedo e outros gays nos olhando, flertando, tentando fazer um de nos desviar o caminho e nos abocanharmos, traçando qualquer rastro de fidelidade que restara em nossas carnes. Em menos de uma hora de permanência no local o Husky me chamou para ir embora, Eu, tentando bancar o bom samaritano, pedi para ficarmos, já que a Narizinho tinha que ter contato com pessoas.

Quanto mais tarde ficara, maior era minha irritação, não tinha um cara que não deixava de nos olhar e flertar, balbuciando palavras perversamente burlescas a fim de chamarem a atenção. Por fim, a “gota d’água” foi um cara que me encarara insistentemente. Olhei para o rosto dele e me veio um ingurgitamento viscoso que parou rasamente em minha garganta, então, informei ao Husky e sua amiga que estava de partida, que não suportara o lugar mais um minuto sequer.

Fomos embora nós dois, a Narizinho ficou, mas eu estava completamente desiludido, chateado, magoado. Não com meu noivo, pois ele o tempo todo nem olhava para o lado, mas com aquele povo estranho, que deseja o alheio, que não respeita ninguém, muito menos a si próprio. Fiquei atônito, estático, sem palavras para expressar tudo que sentia naquele momento. Como pode uma coisa dessas? Em determinados momentos eu gosto quando o heterossexual descrimina o homossexual - Não que eu faça parte de um terceiro gênero sexual, sei que sou gay, mas muito diferente da maioria, pelo menos -, pois ele mesmo não se dá o respeito! A maioria não pode ver um homem bonito que logo olha e se assanha, adoram fazer a maldita “pegação” no banheiro, se masturbar no mictório, fazer sexo a todo instante sem restrições, sair rebolando como uma gazela e saltitando como o “mal dito” viadinho, digo, veadinho. E aqueles gays com a cara chupada e cheio de maquiagem, supercílios feitos, calça apertadinha? Já viram hoje na rua os “tio gatinho”? Homens velhos que não se tocam e tem atitudes e vestimentas de um garotinho de dezesseis anos? Por favor! Meu deus? Existem muitos gays dignos por ai? Ou a maioria realmente não passa de um saco de excrementos? Ultimamente voto na segunda opção.

- Respira, respira, Você é melhor do que isso...