terça-feira, 9 de agosto de 2011

Lembranças Bacanas e Desenfreadas de um Baladeiro Temporário


Quando recobrei a consciência e fui apurar os fatos já era segunda feira...

Fui para um congresso na quinta feira logo pela manhã, vôo cheio e trânsito incompreensivelmente cheio, característico de São Paulo. A temática do evento ou qualquer coisa lá dentro nem comentarei, já que torna-se desnecessário e levemente cansativo – Normal de qualquer congresso...

Na quinta feira a noite eu e minha querida colega de trabalho resolvemos esquentarmos na aconchegante Vila Madalena. Meu deus! Poderia ir todas as noites em cada buteco daquele lugar. Pessoas bonitas, lugares bonitos, bebida a vontade e despojados eram os homens daquele lugar.

Confesso que queria ter curtido mais o lugar, mas o tempo não era propício e não haviam danceterias após meia noite na região. Segundo os veteranos, o lugar era um pouco parado dia de quinta à noite. Portanto, voltamos para casa frustrados depois de tentar procurar um lugar bacana para mexer as coxas.

Sexta feira a noite prometia, estava acontecendo um Happy Hour do congresso onde as pessoas foram todas de havaianas, muito bacana. Dancei demais, mesmo ainda de social, cansado por ter dormido tarde na noite anterior, permanecemos bravamente até o fim, semi embriagados e estupefatamente animados com tudo. Haviam vários gays no local, que por sinal não me deixaram em paz com seus olhares perniciosamente ousados e insinuações gesticuladas por mãos que mais se inquietavam enquanto eu dançava, sempre me chamando para conversar. Não, definitivamente não fui, nem se valessem a pena eu iria. Mais ou menos 01 h da manhã, todos escorando um nos outros de tanta bebida, tentamos perversamente ir para o crime e dançar mais um pouco, porém, nada, não conseguimos, mal sabia meu nome – Que vergonha Mister Thinker, um homem quase casado, sendo carregado para o Hotel pelos colegas que supostamente estavam mais bêbados que você!

Acordei no sábado sem saber onde eu estava, como havia chegado ali, mal sabia o que estava sendo pronunciado naquela maldita TV que deturpava meu sono. Tomei um belo banho, recobrei a consciência, coloquei minha calça social, como se nada tivesse acontecido, exceto pela dor de cabeça que martelava, arrasava minha conduta motora – ...(risos)..., e fui para o congresso, peguei um taxi ali na porta do Hotel na avenida Brigadeiro perto da Rebolsas, lembrando de como havia dançado como um Gogo Boy, porém menos apelativo e sem recorrer a imagem nua corporal para chamar a atenção. Confesso ter chegado ao local meio envergonhado e sendo observado por algumas pessoas que presenciaram minhas danças com algumas “moças”.

Sem muitos detalhes, passemos para a noite seguinte. Mais uma festa, porém a fantasia. Haviam diversos caras muito bonitos, supostamente gay que me flertavam sem parar. Recorri a famosa viseira e ao pensamento de que em casa me aguardara meu noivo Husky siberiano. Dancei a noite inteira, bebi mais ainda, sem dar vexame, claro. Ao final, algumas pessoas queriam em arrastar para a tal boate The Week – Aposto que é gay – creio que este nome seja conhecido, acho que era gay sim. Recusei a proposta e resolvemos ir para a tal da The Love Story, onde acontecia o fim das noitadas na cidade mais animada de todas.

O lugar era muito bacana, digo, não de estrutura, mas todos muito animados, pois, para sair de um fim de noitada para continuar outra, tem que ter uma animação tremenda. E o pessoal tinha esta animação, o Dj era bacana demais, no meio das músicas verborragiava e mexia com todos do local. Detalhe, todos estavam fantasiados no meio daquele povo Paulista, na sua grande maioria. Fomos eu, a Bruxinha, o Cowboy, a Vovó,a Hippie, três executivos de venda que esqueci o nome, e o pessoal olhando para nós, fantasiados e bebadamente empolgados. Confesso ter bebido além da conta, dançado mais que minhas pernas agüentavam e curtido a noite como se fosse, não sei, não a última, nem a penúltima, mas....

Por fim, já eram 05:30 hs e o local só enchia, quase não dava para andar. Tentei me despedir do pessoal por diversas vezes, mas fui segurado, por muitas também, queriam que eu ficasse ali até fechar, mas não dava, faltava 30 minutos para eu estar no hotel, 01 hora de fazer o check in no aeroporto e 1h e 58 minutos para decolar sentido Belo Horizonte e continuar minha vida.

A eminência de perder-me no tempo e deixar a ilusão tomar conta de mim naquela cidade, corri deixando todos para trás. Tomei o primeiro taxi que não sabia chegar no endereço, o segundo nem entendia o que eu falava. Desesperei, faltavam 25 minutos para eu estar no saguão do hotel pronto para embarcar. Quando peguei o terceiro taxi, percebi que iria chegar a tempo, já que o taxista tinha o maldito GPS que os outros não. Cheguei ao saguão e todos estavam a minha espera. Pedi 15 minutos.

Acho que tomei banho, recolhi meus pertences jogando-os na mala que estava por fazer e desci para o saguão, corremos para o aeroporto e estávamos lá a tempo para o vôo. Particularmente não me lembro nada do vôo, apenas me vi entrando no meu carro em confins e indo para casa acompanhado do Husky, que me olhava “torto”. Permaneci na horizontal durante o domingo e apenas na segunda feira acordei. Lembrando de tudo que havia acontecido.

Tenho saudades daquela cidade, mas não vontade de voltar rápido, somente lembranças bacanas e desenfreadas de um “baladeiro” temporário que apenas curtiu os momentos bons com os novos e novas colegas que adquiriu.