sábado, 22 de dezembro de 2012

Um Dia Depois de Amanhã


Estes dias atrás considerei o dia mais engraçado de toda a minha vida, não sei se foi por eu ter feito o absurdo ou se realmente fiz jus aos dizeres no perfil do meu blog.
 
Simplesmente não conseguia ingerir nada, sentia-me enauseado, amargurado, entalado com algo que não havia falado. Passei o dia inteiro na rua, apenas dirigindo. Confesso ter gasto um tanque de gasolina e rodado de meio dia às vinte e uma horas. Queria achar algum lugar onde me fosse reconfortante, um lugar que tivesse uma mão milagrosa que tirasse esta dor do meu peito e fizesse ela nunca mais voltar. Tentei fugir o mais longe que pude, mas infelizmente não conseguira, a dor não estava em um “lugar” que era possível abandonar, mas sim em mim. Remoia e triturava tudo e todos os fatos provenientes do meu ultimo relacionamento, mais parecia um “flash maldito back”.
 
Lembrei do Rapazinho, tadinho, foi bastante homem quando precisou, correu atrás de mim no momento em que terminamos como um verdadeiro homem, passando por cima de conceitos grotescos da sociedade que encara o fato como “falta de amor próprio”, mas que para mim é chamado de “lutar pelo que queremos”.
 
Por fim, após o tour em Belo Horizonte, a angústia parecia passar quando vi a Afrodite. Fomos para um bar conhecido onde verborragiamos incessantemente. Ela me disse que se tornara uma pessoa cética, que não acreditara em amor homossexual e que se hoje ocupara com trabalho além do limite humano, era por causa de tudo que já havia passado e concluído que (resumo a conversa citando a frase que minha avó falava comigo) “Mais vale uma moeda no bolso do que um amor muito louco”. Disse que havia me avisado sobre o Husky desde o dia em que o viu, que continuar seria a verdadeira desordem em minha vida, já que tenho bons adjetivos como pessoa.
 
Após tomar um copo de cerveja e uma leve porção de quitutes boêmios, tudo começou a girar, me veio em mente os relacionamentos em que vivi, a desordem da vida GLS, a rotatividade de amores que vivemos, as cicatrizes deixadas por terceiros em nós em forma de rugas que são maquiadas com leve pó compacto e ao percebermos, próximo a ventania, tudo se dissipa pelo ar e nos vemos da forma que estamos, feridos. Meu estomago começou a crepitar em minha barriga, comecei a suar frio, fraqueza nas pernas. Logo pedi a Afrodite para encerrar a conta e em meio aos carros atravessei a rua com o interesse súbito em vomitar, vomitar tudo que tinha dentro de mim, meus sentimentos, angustias, depreciações, desaprovações, desejos, desgosto e incessantes pensamentos que naquele momento me faziam sentir algo jamais experimentado.
 
E por três vezes a vontade consumira meu corpo e descontroladamente tentara eliminar algo podre, e adivinhem o que saiu? ...Husky Siberiano, seu filho da P*£ª Des#$#@*&¨°!”.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Reparação

 
Hoje posso realmente falar sobre isto, ainda muito magoado, rancoroso e presunçoso sobre o futuro. Depois de ter a maior decepção, digo não a maior, mas a mais íntegra decepção de todas, passei uma semana do Cão, engolindo todas as migalhas do pão que o Diabo amassou , triturou e mastigou. Engoli tudo, mesmo entalado com a secura da massa, engoli. Aceitei tudo que estava passando, já que não havia mais qualquer resto de integridade moral, física e psicológica. Ia trabalhar sorrindo, mas sempre indo embora aos prantos e barrancos, desesperado por algum remédio para solucionar esta dor que lacerara toda minha carne, que fazia eu me sentir qualquer coisa, menos um ser humano íntegro. Acho que até a meretriz mais suja do pior bordel do mundo se sentira melhor que eu, sem desdenhos...
 
Perdi peso, ganhei olheiras, rugas, mal humor, desgosto, desinteresse, simplesmente queria que isto tudo passasse e no fim, eu acordasse sorrindo ao ver que nada passara de um leve momento besta de minha vida inconstante.
 
- De onde você tirou isto, Mister Thinker? Inconstante? (risos).
 
- Não creio que seja hora de risadas sarcásticas, estou falando muito sério e acho que se esta m@#%$# toda estivesse acontecendo com você, não estaria ai, agindo da forma fria e patética...
Após observar toda esta desestruturação por não muita coisa e ver minhas integridades descerem pelo ralo, resolvi agir e recuperar o prejuízo. Não adianta eu lamentar pelas minhas escolhas erradas, mas erradas com o adjetivo “Plus”, não mais “standard” como as anteriores, mas “Plus”. Assim, elaborei as quatorze atitudes que terei que, obrigatoriamente, adquirir neste momento de puro desânimo, desespero, decepção e alienação. São elas:
Voltar a frequentar uma academia para voltar a minha fervorosa forma estrutural;
Comprar uma bicicleta;
Voltar a jogar tênis, coisa que não faço há muitos anos;
Fazer uma viagem para o norte do Brasil nem que seja por um fim de semana;
Mudar para São Paulo;
Fazer pelo menos 20 colegas na cidade;
Executar a jornada dos “10 Mais Butecos de Belo Horizonte”;
Ir ao clube a cada 15 dias;
Parar de sofrer por problemas “mal resolvidos” do passado;
Sair a algum lugar diferente pelo menos uma vez por semana;
Parar de fumar, novamente;
Sair da masmorra dos pensamentos ruins oriundos dos relacionamentos passados;
Sorrir a cada hora do dia e extirpar o mal humor proveniente dos desastres sentimentais;
Coagir com programa social em prol de algum bem ao ser humano;
- Esta você pegou pesado, Mister Thinker! Quase uma Madre Tereza de Calcutá... (Risos)
Então, dali nova vida! Dali novas perspectivas, e que a vida continue sendo o que sempre foi, independente do espectro de visão do ser humano, sabemos que ela é curta e muito corrida, não dá tempo para churumelas e lamejos como vem se arrastando a minha vida. Claro, mais do que obvio terei recaídas, mas creio que desta vez será diferente, cada vez é diferente.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Três Lágrimas


 
Cheguei em minha casa hoje logo após o crepúsculo, que se escondera atrás das malditas numbustratus que pairavam pelos ares azuis não visíveis, e usurparam um possível momento bom em minha vida. Ao abrir a porta logo me assustei, percebera que a casa não estava e não era a mesma. Olhei ao redor e o que vi foram paredes vazias, sem qualquer objeto presente, exceto o sofá. O que mais me restara? O que mais iria acontecer de ruim que acabaria com meu dia.
- Creio que mais nada, Mister Thinker.
Este ano já perdi meu melhor amigo da pior forma possível, minha segunda mãe e alguns amigos que simplesmente me trocaram por algo sólido como o dinheiro, algo de valor. E agora?
Sentei-me no sofá e por ali fiquei a pensar em cada cm² da casa, os momentos que vivi com o Husky Siberiano, bons e ruins. Fechei firmemente meus olhos e lembrei do momento em que fomos ao sítio de um dos seus amigos e no momento em que fomos dormir ele me olhara com o “ar” mais feliz do mundo pela minha presença, não acreditara que eu estava ali com ele, apenas para ele o tempo todo, embora a plena confusão estivesse armada fora do quarto para “arapucar” minha dignidade. Parecia uma criança inocente gozando dos melhores e maiores sentimentos do mundo. Apertei firmemente meus olhos de tanta dor que sentira e logo me veio aquela cena de humilhação que ele me expos, mostrando suas garras gigantescas de lobo quarado, me exumando do inferno e expondo atitudes e gestos que jamais esperara.
Exatas três lagrimas caíram dos meus olhos. Três lágrimas de indignação, frustração e mágoas, por tê-lo conhecido e desconhecido ao irmos morar juntos. Soltei um leve gemido sufocante, parecia que perdera o fôlego. Meu Deus! O que acontecera conosco?! Éramos tão felizes, amáveis e carinhosos um com o outro... Não merecíamos passar por isso!
Levantei e fui para o quarto ver o resto do estrago, rombo feito em meu peito que fizera meu coração palpitar a cada batida. Seria eu capaz de superar mais uma vez? Não mais uma vez qualquer, mas a vez, pois nunca havia vivido desta maneira, tão próximo.
Observara que ele havia levado todas as suas coisas, todas as suas merdas de coisas que não valiam metade do nosso amor. O que mais estaria por vir? Sem qualquer lágrima perambulando pelos meus olhares ou a mercê, fui até o outro quarto e depois à cozinha. Simplesmente nada. Apenas o que me restara eram alguns talheres e dois vinhos, sendo um na cozinha e um em minha bolsa. Parecia que eu estava prevendo algo, e para apagar qualquer mágoa do coração, comprara um bom vinho branco Espanhol de mesa.
Abri a primeira garrafa e a extirpei da terra com um simples gole. Mais parecia um calmante que o ríspido álcool elaborado de acordo com o protocolo de produção. Sentei-me no chão e mais uma vez lembrei-me de tudo que acontecera até hoje. Minha vontade era a de simplesmente não existir, não sentir, viver, tocar, escolher, nada, apenas, nada.
Como tudo isto machuca! Como eu não consigo esquecer o que o Cara já me dissera?! Como eu deixei de viver com o Cara e viver esta vidinha medíocre que simplesmente não vale a felicidade que tínhamos juntos? Quando este remorso será sanado, curado, dissipado da minha vida? Porque eu fiz esta escolha errada? Porque não ter ficado com ele?! Assim, derramei-me de lágrimas “arrependinosas” e entristecidas.
Neste momento, em algum outro lugar em que estamos juntos, estamos sentados no chão de sua sala, em frente a televisão, rindo de alguma traquinagem que somente o Cara sabia fazer,  esboçando no rosto nossa felicidade de estarmos juntos, não mais invejada por mim, pois seria eu o atuante na cena mais perfeita de todas, junto da pessoa que hoje sim, eu sei que nunca mais terei em vida, mas que mais amei com um sentimento puro, sem  as leviandades mundanas. Não teria mais dor, apenas felicidades e prazeres incomensuráveis. A tristeza seria uma vaga lembrança de momentos estranhos que já tivemos com terceiros, nunca saberia o que vivo hoje, o Cara não teria morrido, ou se isto tivesse acontecido, pelo menos eu tenho a certeza de que estaríamos juntos neste momento que para mim não faria a menor diferença, já que estaria satisfeito com a vida.
 

sábado, 10 de novembro de 2012

Em Meio ao Caos


 
Após a reviravolta em minha vida, a trabalho, fui para São Paulo, novamente. Provo que foi um dos melhores momentos reflexivos, proveitosos e, definitivamente, revigorante, embora noites mal dormidas devido a gritos estrondosos de fãs de uma banda de garotos americanos que estava hospedada no Hotel. Em meio a gritos alheios, olhares deliciosos e caprichos fogosos, apenas de terceiros, instituí as minhas regras/mandamentos para nortear minha mansa e solitária vida. Foram os “14 Interesses de Mister Thinker”, que aqui, neste post, ainda não os citarei, esperarei algum momento mais propício para isto, agora, pretendo discernir sobre algo diferenciado, sair sozinho.
Em meio a muitos carros e pessoas bonitas, resolvi sair em Sampa para ver o movimento e minha performance. Nunca havia feito isto antes desta forma, mas acho que serve de experiência para mim mesmo em outros momentos em que o meio não esteja propício a amizades.
Ansioso, sem saber o que fazer, entrei na internet e encontrei um lugar ali perto mesmo do Hotel e pesquisei sua procedência, se haviam meios versáteis de transporte e se o local era perigoso ou não. Com resultado positivo, sai, comprei roupas novas, voltei e me arrumei ligeiramente. Pronto! Arrumado, peguei um taxi e fui para um bar ao lado do local em que mais tarde entraria, era algo chamado de “aquecimento”.
Confesso ter observado muita gente bonita, definitivamente a noitada Paulista é de encher os olhos, mas, me concentrando no meu papel de solitário, logo desci do taxi e fui em meio àquele lugar, tentando me adequar e ter a certeza de que não seria rejeitado. A primeiro momento, vestido como um “lenhador” de calças caras, diga-se de passagem, fui bastante elogiado, e sem parar continuei a me inserir no local e a beira do balcão solicitei uma cerveja, pois, o primeiro passo da integração solitária a um lugar abarrotado de pessoas é o líquido universal da socialização, a cerveja. Após alguns goles e me sustentando plenamente na cerveja, me senti a vontade para “bicar” e interagir com o meio. Em meio àquela multidão, haviam pessoas que se interessaram por mim, me olhavam descaradamente de forma a me deixar ruborizado e sem armas para me conter, já que a melhor defesa são os amigos, uma vez que se está com eles, simplesmente entramos em um assunto qualquer de interesse de ambos e deixamos o resto do ambiente anulados. Mas não, não tinha nada além da bebida e um telefone à mercê do abandono por eu deixar de dar a devida carga na bateria. Assim, recorri a Afrodite em Belo Horizonte, mas não durou muito, a bateria se perdeu em meio ao nosso assunto e logo engoli o restante da bebida e corri ao balcão.
- Que chato, sem amigos, sem um ser humano para verborragiar, até então.
Ao entrar novamente ao bar observei que um rapaz persistira em olhar-me, particularmente, ao visualizá-lo, mantive o rosto amistoso para conversas amigas, mas logo vi em seus olhos que estava interessado em algo muito além do permitido por mim naquele momento. Continuei a beber e percebi a perseguição insistente, o solitário rapaz me lembrara o irmão magnífico do Marcelino Troca Tapas. Ele também estava lá, só, encostado em sua bebida e pregado em seu celular, precavido a qualquer situação constrangedora. Seria esta uma arma aliada para nós?
Engraçado, a cada perda de olhares, mudanças de locais, ficávamos com os olhares desesperados a procura um do outro, momento em que eu ria de ingenuidade... – ai ai ai... – Não demorou muito para eu ir ao banheiro e logo retornar acompanhado por um senhor magnífico, de olhos claros e um excelente assunto que me prendia a cada palavra – ...quanto digo acompanhado, quero dizer em comum conversa, apenas. Após diversos assuntos hipnotizantes e, definitivamente admiráveis, lembrei que deixara de lado o rapaz que por ali nem mais pairava, já que nada mais o prendia no bar – Será que fui pretensioso agora?. Assim, resolvi entrar para a danceteria e, quem sabe, o encontrar.
O lugar, definitivamente, era interessante, pessoas bonitas, muitos caras sozinhos iguais a mim, alguns, desesperados, se jogavam aos meus sapatos, até então engraxados e negros brilhantes. Confesso não ter encontrado mais o papo interessante que havia deixado la fora com o senhor ou o cara que me fazia rir com seus olhares desesperados a minha procura, quando perdia-me na multidão do bar la fora. Encontrei foram homens que queriam me mostrar riquezas, pois, algo melhor que isso não tinham para me oferecer. Um deles, o Super Homem de capa vermelha, me estendeu o tapete e disse palavras maravilhosas que qualquer ser gostaria de ouvir, mas ao perceber que não acreditara em nada, apelou para seu poder aquisitivo, casa em Miami, apartamento em Sampa, cargo judicial, família poderosa e afins... Comecei a rir ao perceber na desgraça em que o Super Homem caíra em meus pensamentos e simplesmente o abandonei em seu voo errôneo sobre mim e sua exorbitante anedota mundana que serviria para milhões de garotos de programa e interessados em muita grana.
Na expectativa de ainda ver o rapaz, paguei a conta e fui para o lado de fora do local, mas nada de ninguém, apenas uns “gatos pingados” que se mantinham insanos devido ao álcool. Fui para o Hotel e imergi na banheira, queria tirar aquele cheiro do corpo, aquele sentimento do rosto e o desgosto do gosto seco do encosto.


sábado, 3 de novembro de 2012

Futricas e Badulaques


 
E desta vez, com muita convicção de um novo caminho e a imagem do lisonjeado Sol, sigo meu caminho solitário, apenas a olhar para trás e ver o quanto eu construí e destruí...
Hoje levantei e a primeira coisa que me deu vontade foi o de sair daqui de casa, logo arrumei minhas coisas e organizei minhas lembranças para que eu não viesse a levar coisas ruins comigo.  Extirpei parte de meus sentimentos depreciáveis e mundanas vontades indesejáveis. Coloquei quase tudo no meu carro, vagarosamente, a fim de pensar um pouco sobre minha atitude e ter a certeza de fazer a coisa certa. Sem muitos “poréns” e desgostoso com a vida em que levava, simplesmente fechei o porta malas e sai a procura de uma nova proposta de vida, nova perspectiva favorável e que me fizesse vibrar, tocar ao fundo meu coração a ponto de sentir emoção, coisa que não sinto há algum tempo.
A caminho de “lugar algum”, descobri que eu não era feliz, que a vida estava muito sofrida, que não tinha amigos, que o pouco que tinha era apenas o que havia comprado. Nada além de “futricas e badulaques” que me faziam vestido e elegante... Mas para que isto? Onde isto me levaria? A bons empregos? Homens bonitos? A “soberbisse” metida? Não foram os lençóis da MMartan que tornaram meu relacionamento melhor, não foi a sala que qualquer um queria ter que trouxeram amigos até a mim, não foram as malditas “parafernalhas” que compramos que me fez sentir bem. Onde estava a felicidade? Onde estava o interesse cativante em voltar para casa e me sentir bem?
Nem me lembro da última vez em que me senti feliz... Nem no casamento da minha irmã, já que o Husky Siberiano mostrou sua pele de Lobo e ao som da valsa “Tales from the Vienna Woods”, o infeliz extirpou qualquer sentimento que eu tinha por ele através de um gigantesco e hediondo sermão da montanha da p*%¢£. . Seria justo continuar a vida como estava? Seria justo o sacrifício em que fiz se acabar numa batida de porta malas e partida do carro a sentido algum?
Sim, hoje mais que nunca procuro a felicidade, a necessidade de amigos, o interesse em ver novamente o Sol se por e não pensar nos momentos ruins em que venho vivendo. Apenas quero acordar outro dia e ter o sentimento que a vida não é amargura, que podemos ser felizes, que viver é algo menos sofrido e mais alegre que se possa imaginar.
Parado em “lugar algum”, lamentei por quase tudo que passei e vi que um novo caminho fora descoberto...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Saudosista Mister thinker


 
Enquanto a Churupita corria e brinca com seu ursinho pela casa toda sem imaginar o que está acontecendo, mantenho-me “são”, sem discórdias verbais e mentais, apenas neutro para a decisão que tomei para minha vida.
 
Será que ele está chegando com seu carro barulhento? Abrirá a porta e sorrirá para mim como no dia em que nos conhecemos? Sentirei seu cheiro algum dia novamente?
 
Não sei mais se tenho qualquer certeza da nossa vida... Infelizmente no momento em que estamos nada mais pertence a nos dois. As churumelas e baboseiras que se dizem no casamento sobre o amor simplesmente se tornaram baboseiras e verborragias incessantes de um momento que nunca vivemos e/ou viveremos...
 
Sobreviver? Viver? Não sei o que mais diz meu pensamento, acho que o bom e velho vinho italiano me entorpeceu e nem sei mais como expressar meus Brains torn pessoais. Nada melhor que sair do nosso corpo e compor uma história que nunca viveremos, pensar em coisas boas, não sentir muito bem os movimentos e simplesmente estar ali, sem pensamentos deturpadores e cobradores da infeliz sociedade que come com milhares de talheres à mesa, simplesmente para a afirmação do auto controle sobre seu “animalismo” que provem do instinto humanamente velho de mundo, se é que posso dizer isto.
 
Como sinto a falta dO Cara... sempre íamos em alguns lugares para rir da sociedade falsa, fingida e, particularmente, aparecida... Como você me faz falta... Como éramos divertidos juntos. Como eu sorria indiscriminadamente junto de você, mesmo em plena tragédia humana, riamos, sejam dos problemas alheios ou dos nossos próprios conflitos. Como nos dávamos tão bem, Cara!
 
Sinto muito por ter lhe deixado pela situação que achava ser boa para mim. Sinto muito por ter chamado você de arrogante e ciumento hediondo... Acho que queria meu bem, queria que eu não perdesse a minha essência que hoje padece dentro de mim e me faz a pessoa que sou.
 
Às vezes me pego pensando no que estaríamos fazendo se não tivesse tomado esta decisão. Quem sabe em alguma dimensão não vivemos bem, para compensar o que passo hoje? Quem sabe não temos nossa casa na praia como você sempre queria? Imagine?! Estaríamos em uma pequena ponte de madeira a beira mar, sentados juntinhos sentindo a água em nossos pés, vendo o Sol poente descendo a um caminho favorável, porém bastante entristeceste, já que estaria por partir...
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Existe Ainda Mais Algum Caminho?


 
Eu queria sair correndo, urrando todas as minhas angústias, mas acho que isto não resolveria meus problemas, apenas postergaria as minhas pendências com a vida. Creio que não escaparei deste destino... Alguém sabe me mostrar o caminho?
Sinto que irei afogar nadando em círculos, como um tolo amador... Alguém sabe me mostrar o caminho? Sinto que não sou o mesmo, não reconheço meus pensamentos. Será que existe alguma razão?... Não acredito que isto esteja acontecendo novamente...
Eu gostaria de saber o que se passa com os Deuses e elucidar o motivo do meu nascimento, queria ter um sonho, sentir que ainda sou o mesmo, mas não consigo encontrar a forma de me sentir o mesmo... Será que fui embora junto com as cinzas do Cara quando foi jogado ao “Nosso Lugar”?
Será que ainda terei sentimentos? Será que sobreviverei a mais este novo caminho? Alguém pode me mostrá-lo?
Eu sempre quis ser um sonhador, viver em meus antigos pensamentos em que eu sempre ganhara e nunca sofrera qualquer dano, vivendo feliz.  Queria ver as melhores coisas para mim, sentir a maresia do mar em vez de falas amedrontadoras e incisivas, será que eu ainda acharei o caminho? Alguém pode me mostrá-lo?

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A Espera de Um Milagre


O que você faria se seu relacionamento estivesse a ponto de chegar ao fim?

Qual seria a carta que você tiraria do bolso após ter certeza de que não resta mais nenhuma para ganhar o jogo?

Foram estas perguntas que andei fazendo para tentar solucionar meus “problemas”. Confesso andar em um monte de brasas quentes, descalço. A cada passo que dou percebo um cheiro de carne doce jasmim.

Estaria por vir mais um final “trágico” de um relacionamento?

Seria este mais um Best Seller que futuramente lançarei sobre os meus “Best Ex Boyfriends” maníacos?

Olha, não adianta amor, casa perfeita, carro, dinheiro, restaurantes requintados ou qualquer coisa que brilhe os olhos para tentar otimizar o relacionamento, percebo que se não há respeito, ou se o mesmo tenha sido perdido em algum momento da jornada amorosa, possivelmente o casal estará fadado ao término vigoroso.

- Nossa Mister Thinker! Um chifre de brinde, pelo menos, levará desta relação?

- Não! Não se trata de adultério, traição, fornicações mundanas que a humanidade está sujeita hoje.

Digo “respeito” como forma de tratamento, amorosidade e paciência (virtude adquirida por poucos seres habitantes no contemporâneo mundo estressante). Confesso ter perdido a minha por alguns momentos dentro do meu guarda roupas, mas ultimamente tenho sido tão sereno, tranqüilo, quase uma figura singela dentro de casa, mas realmente as coisas estão completamente difíceis, transtornantes, amadoras demais para um jovem adulto e um adulto de média vida que, por sinal, deveria transpor maior tranqüilidade e exemplo de vida, já que supunha-se que trazia consigo uma bagagem exemplar, ou pelo menos válida, de relacionamentos e situações vivenciadas e hoje transformadas em atitudes maduras, resolutivas e sinceras.

Assim, novamente estou empacado na idade do homem em que começa a se tornar uma crianção e ter atitudes completamente contrárias... Será que espero demais das pessoas?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Bom Filho À Casa Sempre Retorna

Depois de um jejum miserável de verborragias e transformações estrondosas em minha vida, resgatei meu caminho de pensamentos pouco desordenado a fim de retomar a minha vida que um dia foi considerada estranha e digna de um obsessivo compulsivo transtornado em sua fase anal (???).

- Como assim, Mister Thinker?

- Isto não interessa agora, deixemos para um momento oportuno de verborragias e diarreias mentais sobre eu, eu mesmo, Mister Thinker.

Há tempos estive a pensar sobre os momentos interessantes que tive aqui neste blog, das ab-reações, das elucidações, dos transtornos, mas nada que me deixasse mais tranquilo por desabafar, expandir, descarregar meus pensamentos e torná-los textos pouco errôneos, digo em se tratando de ortografia, que me faziam sentir leve.

Vejo hoje que meu maior subsídio de evasão das deturpações mundanas, humanas e urbanas, foi corrompido pelo comodismo de me calar, mantendo tudo em meus pensamentos que se tornaram extremamente sobrecarregados.  Faz-se necessário novamente o engajamento do antigo para que fatos “sérios” (com aspas devido ao conceito diversificado de cada um sobre o que é sério em sua idiossincrasia) se tornem uma mera comédia ou um simples desconto de palavras que me façam descansar em leito pleno durante meu sono. Assim, me vejo sendo forçado, prazerosamente, a retornar as atividades corriqueiras da internet com meus melosos e churumelosos posts que, definitivamente, me fazem sorrir e lembrar de fatos, pensamentos e pessoas que transformaram minha vida e me tornaram o que sou hoje, Mister Thinker, o pensador.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Quinze Minutos


Com família para lidar, filho para criar e negócio para gerar, está cada vez mais complicado parar por aqui e declarar aquela verdadeira verborragia de diálogos desenfreados e similar a uma diarréia mental. Mas confesso: Estou sentindo muita falta disto!

Como era bom ter tempo para mim mesmo, Mister Thinker, todos os dias da semana grudado à Internet, escrevendo, surtando, brincando, azarando, demonstrando meu eu interior que nem metade de meus amigos conhecem...

- Mas Mister Thinker? Este tipo de nostalgia assemelha-se insatisfação à vida contemporânea, certo?

- Errado! Estou completamente satisfeito sim com minha família, minha situação atualmente “morosa”, diga-se de passagem.

Acho que nada na vida é muito fácil, e se fosse, tenho certeza que a opção melhor seriam as coisas difíceis. Imagina, se todo mundo fosse rico, tivesse o que quisesse, o que mais queriam querer? Obvio! O que você não consegue ter! Respirar dentro da água, voar com asas próprias, enfim, o inviável, claro!

Então, postei hoje para informar-lhe que tudo está muito bem e sob controle, família, Husky Siberiano, Afrodite, minhas diarréias mentais não secretadas, dentre outros, e o mais importante, peço a todos 15 minutos para retornar com algumas novidades e com força total. Sejam lá os 15 minutos metafóricos de Mister Thinker ou idiossincráticos pensados por vocês, quinze minutos para pensar, para viver, para mudar, me dêem apenas 15 minutos que volto já.


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Descrente


Ainda não acreditando na morte do meu melhor amigo, contatei sua irmã que encontrou comigo rapidamente para me entregar as chaves do apartamento dele que ainda não fora vendido.

Graças às pastilhas de freio do meu carro cheguei lá em poucos minutos freando o carro bem na porta da garagem do seu prédio. Entrei sem cumprimentar o porteiro e subi pelo elevador ansioso em encontrá-lo no apartamento sorrindo como somente ele fazia ao me olhar. Hesitei por alguns minutos em abrir a porta. Não havia qualquer barulho proveniente daquele lugar, acho que nem dos visinhos eu conseguia escutar nada.

Abri a porta e entrei de uma só vez, porque coragem eu não tinha em encarar a verdade ao pensar em tudo. Seu apartamento permanecia intacto, o copo usado no braço do sofá branco de couro, os filmes que ele adorava ver estavam desencapados na mesinha da sala... Hedwig, Antes do sol Nascer, antes do sol se por, todos estavam ali e provavelmente participaram de seu último momento naquele lugar. Que angústia! Confesso ter chamado seu nome duas vezes para ver se ele aparecia de algum quarto ou da cozinha com seu avental gozado que eu sempre o atormentava chamando-o de “mulherzinha”. Nada, apenas ecos de meus passos e o fundo da minha respiração.

Entrei no seu quarto e vi o edredom branco embolado na cama, como se ele tivesse passado a pouco por ali, seu cheiro ainda pairava nele. Lembrei dos nossos momentos juntos como amigos, bagunçado a cama com guerra de travesseiros, parecíamos duas crianças tolas apenas curtindo o momento...

Não acredito...

Sentei na cama e as lágrimas desceram incessantemente. Sem um grunhido de minha parte, apenas o ranger da cama, eu levantei e abri seu guarda roupas. Suas roupas estavam organizadas, dispostas em cores, como eu costumava fazer. Observei que havia uma caixa bem acessível, de madeira negra como o fechar dos olhos em uma noite sem lua. A abri e desmoronei ao ver suas fotos de infância, desde pequeno ele era lindo, nunca havia visto isto antes, ele na escola com a mãe, em uma praia junto de adolescentes, algumas fotos nossas da época em que nos conhecemos, há dez anos atrás... Consegui resistir, não usurpei nada daquela caixa de lembranças, sabia que não iriam me fazer bem, recoloquei-a no armário e sai em direção aos outros cômodos. Ainda com o coração na mão e mente lá no céu, que por sinal havia tomado meu amigo de mim...

Sem sentir, me vi na cozinha e ele lá na beira da pia secando os talheres do jantar que eu havia feito, sua comida predileta era Penne com qualquer condimento e anexo que viesse, poderia ser chuchu ou quiabo que ele engolia tudo com um rosto delicioso de satisfação.

Quase entrando em desespero e perdendo a sanidade mental naquele instante, sentei-me no sofá meio zonzo e me acomodei, tentando não deixar aquilo tudo ser vomitado, eu a “seta do f%#@*” e largar toda a minha vida, viver sem destino e sem qualquer contato com o resto do mundo.

Ao me acomodar no sofá, acho que apertei o controle do som e começou a tocar a m$@*¨a da música do OASIS – Stop Crying your Heart.O som estava alto demais, como ele sempre ouvia! Assustado e impressionado com tudo o que vi, chorei impiedosamente, de desespero, de tanto segurar na frente dos outros, de ter fervorosamente omitido a morte do Cara para o Husky e de quando eu o contei, ter feito a feição de indiferença e saído de perto de mim sem a menor consideração. Não estava creditando em nada que acontecera, não era possível, meu amigo, o único que me escutava, que vibrava por minhas vitórias e não as levava como disputa, quem me acolheu em quase todos os momentos ruins de minha vida, morto.

Antes de terminar a música e tudo isto acabar comigo de uma vez por todas, desliguei o som e corri para a porta soluçando. Que vergonha! Ao abrir a porta estavam lá sua irmã e seus quatro vizinhos aterrorizados, parece que iam arrombar a porta achando que eu iria me acabar lá dentro. Por um momento abaixei a cabeça, arrumei o meu cabelo que estava alvoroçado, enxuguei as lágrimas e voltei a minha forma de sempre, fingindo que estava tudo bem, como sempre.

- Eu acho que apertei algum botão errado que ligou o som e fez isto tudo. Desculpem.

Os vizinhos já me conheciam de outros verões, sabiam o quanto eu gostava do Cara e vieram todos me abraçar, não consegui conter algumas lágrimas que escaparam de vez. Mesmo assim mantive o ar gélido, fingido e esbocei um leve sorriso inchado naquele hall de entrada dos horrores na porta dos apartamentos deles. Sua irmã envolveu seu braço em meu ombro oposto e silenciosamente desceu de elevador comigo, fomos até o meu carro calados, ela, apenas entendendo que perdi alguma coisa que ninguém nunca mais me reporá e eu, percebendo que perdi para sempre o Fernando, O Cara que nunca mais terei em minha vida.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O "Nosso" Lugar


Na segunda feira passada tive uma notícia que realmente me arrasou... Definitivamente não pude acreditar.

Derretido de emoções, devido a problemas “pouco passados”, e vendo a necessidade de contá-lo que estava certo, fui a casa do Cara. Queria informar-lhe que as flores da orquídea da minha casa acabaram de cair e que fatos estranhos surgiram logo após a última pétala encostar no chão.. Cheguei à porta de seu prédio e toquei o interfone a fim de convocá-lo a uma conversa amistosa, já que a última que tivemos, não fora nada convidativa e pouco exacerbada. Chamei-o pelo menos 12 vezes até que o porteiro desceu as escadas e veio falar comigo. Me reconheceu e demonstrou um rosto estranho, talvez por ter lembrado da vez que cheguei na porta do prédio desesperado, em plena chuva monstruosa que caíra na época, e com cara de mendigo abandonado, ensopado, pedira para entrar e ver meu amigo. Encostou-se no portão de entrada e permaneceu a me olhar. Perguntei a ele pelo Cara e logo ele me disse que ele já não morara ali e que seu apartamento estava a venda.

- Mas como estaria a venda? Ele amava aquele lugar, dizia que seus cômodos contavam tantas histórias que gostava de recordar. Como a vez que nos conhecemos e logo ele me apresentou sua casa, de como eu estava assustado, das noites de vinho e chapa quente e de como se vislumbrava ao me ver cozinhar...

Questionei o porteiro quanto a sua certeza e o mesmo apontou a placa de vende-se no seu andar. Ainda sim não acreditei em nada do que ele disse, imaginei a maior traquinagem do mundo e que no final iríamos rir deste desencontro.

Sem muito entender, liguei para casa de seus pais, que por sinal estava ocupado o tempo todo... Não poderia deixar esta inquietação, peguei meu carro e corri até a casa de seus pais para saber o que acontecera, onde ele estava.

Na porta, vi que as coisas não estavam dentro do normal, o jardim de sua casa não era o mesmo, a grama estava seca, mórbida e as flores que ali pairavam, simplesmente estavam murchas. Bati a campainha e fui logo recebido pela empregada que me olhou com a maior cara de pena possível. Guiou-me até a sala onde fui recebido pelo pai dele e sua irmã. Muito assustado eu perguntei pelo Cara, com um sorriso receoso e esperançoso para receber uma frase brincalhona. Obrigaram-me a sentar, mandaram a empregada buscar um copo com água e velozmente o tive em minhas mãos. Comecei a tremer, sabia que daquele momento não tiraria qualquer retorno positivo de sua família, já esperava o pior. Me desesperei.

Fui informado de que ele havia morrido há uma semana, enquanto retornara de uma viagem de carro proveniente do interior de Minas. Senti meu sangue descer todo para as pernas e por um minuto perdi o contato com o mundo, estava ali flutuando em plena sala de estar do meu amigo que agora era dado como morto, como se nunca tivesse existido.

- E agora? O que faria sem ele? Como continuaria minha vida? Mesmo sem conversarmos, ainda sim sentia sua presença, sabia que ele estava ali! Mas e agora? Um pó? Tudo se foi assim?

Logo questionei o porque de não ter sido informado antes, já que havia uma semana após o acontecido. O pai e a filha se olharam e não souberam informar. Calei-me por um longo período. O pai, com os olhos cheios d’água, me abraçou, levantou e subiu as escadas, sabia que não poderia controlar seu choro e não o queria demonstrar a mim, graças a figura de homem que deveria perpetuar ali naquela família. Sua irmã, com olhos de consolo e fervorosos de água, apenas me amparou.

Ela me disse que ele não sofreu, que havia morrido em pleno impacto com outro carro que vinha na contramão, que o funeral aconteceu as pressas e seu corpo havia sido cremado e jogado em seu lugar predileto, que por sinal ele me levou lá uma vez, bem no topo de um mirante particular, que ele nomeara “Nosso”. Não agüentei a pressão naquele momento, chorei muito, perdi o controle e quase o ar. Não era justo! Nada é justo!

Não sei se foi para me confortar ou para me deturpar ainda mais, mas ela me disse que antes dele viajar, o encontrou no computador dela, lendo o post que fiz para ele em meu blog, com lágrimas escorrendo pelo rosto, disse que estava criando coragem para voltar a falar comigo, que havia feito a maior burrada em sua vida e que abrir mão de mim por uma escolha idiota que fiz não era justo.

Não acreditei no que ouvi, em nada, para falar a verdade. Meu amigo, meu melhor amigo, agora estava morto e nunca mais o veria, seus olhos amadores, seu rosto aconchegante, seu abraço amistoso, suas mãos afagando meu cabelo, acalmando-me das escolhas equivocadas que me descontrolavam, simplesmente se tornaram pó e jogados em um lugar para simbolizar uma mera lembrança.

Jesus.

Tudo dói por dentro, mas não sai mais nada para fora. Sem me despedir, sai correndo, peguei meu carro e vim para casa. Não havia ninguém aqui, então, chorei o quanto podia, bebi grande parte das bebidas que continham álcool e fui dormir, não queria ver as próximas cenas desta m*&*#.

Meu Deus! Como isto pôde acontecer?! O Cara que tanto me ajudou! Que me amava de paixão, que mesmo sob diversas condições, me manteve sob suas asas, me protegendo contra qualquer um. Ele iria voltar a conversar comigo se estivesse vivo hoje! De verdade!

Ainda não acredito que esteja morto. Não mesmo. O Cara que me flertou no restaurante há anos atrás, que foi o único que me confortou no enterro do meu avô, que me levou a lugares que nunca irão me levar, que sabia o que eu pensava, que me ensinou a comer Gummy Bear assistindo a filmes de romance, estava reduzido a pó.

Ainda, deitando na cama antes de dormir de embriaguez, lembrei exatamente de como havia sido o dia em que ele me levou no lugar que intitulava “Nosso”. Foi quanto ainda estávamos tendo um relacionamento amoroso, ele pegou seu carro no sábado pela manhã e logo ouvi sua buzina de dentro do meu quarto. Levantei correndo e fui à porta. O Cara! Arrumei-me e pulei no banco do passageiro, ao seu lado, fomos a destino algum, pelo menos eu pensava. Mas no fim das contas paramos em uma cidadezinha daqui de Minas mesmo e curtimos todo o dia no centro da cidade. Percebi que ele havia comprando diversos quitutes e um pano. No fim da tarde, entramos no carro e fomos para um local cuja vista era estrondosa. Paralisei-me ao descer do carro de tão surpreso e impressionado pela vista que observara. Retirando o que havia comprado do porta malas, estendeu um sorriso vigoroso e chamou-me para sentar-se próximo ao desfiladeiro a seguir, encima da grama verde que cobria o local. Ele estendeu o pano no chão, abriu as guloseimas que havia comprado e me ofereceu tudo na boca. Enquanto isso, o lindo e único Sol, se desfazia através das montanhas, a coloração vermelha começara a tomar conta das nuvens e a brisa vinha em meu corpo agradavelmente. Foi o momento exato em que o admirei, quase deitado no pano, apoiado em seu braço direito, ele me flertou por um tempo e depois disse que me amaria para sempre, permaneceu em silêncio a me olhar. Desejei que tudo aquilo durasse para sempre...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Extirpando Histórias


Ainda sim em meu recinto, quietinho nos braços do Querido Husky Siberiano, escondido de "grande parte" da população do planeta e das diversas assombrações, conseguem me achar e mensurar as hediondas realidades vividas por diversos incondecoráveis sobressalentes e expressivos desastrosos seres da Terra que jamais irei habitar novamente...

- Hiey! Feliz Ano Novo, Mister Thinker!

-Hum...