quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

14 Dias

Fazem exatamente 17 dias que não posto nada, confesso ter sido pelo excesso de informações adquiridas nas últimas duas semanas que me deixaram absortamente confuso e desorientado. Presumo que elas ainda não foram muito bem processadas, - Ainda - mas pelo menos agora as recebo em menor quantidade.

Há 14 dias conheci pessoalmente o Fotógrafo, que um dia havia cativado pela internet. Quando nós conversávamos através de mensagens instantâneas, jurava piamente que nunca haveria nada entre nós, até que o encontrei pessoalmente e conversamos. “Batata”! Nos beijamos dentro do cinema desenfreadamente, mas sem leviandade.

Neste dia, “soltei o freio do carro, deixei a marcha em “ponto morto” e assim o carro caminhou em “suspensão””, sendo dirigido para algum lugar qualquer que naquele momento não gostaria de saber, nem disto ou se sua vida era complicada, se seus pais o aceitavam como eram, se um dia iria embora para sua casa, se a distância nos atrapalharia...

Não demorou para eu perceber meu sentimento por ele e os potenciais ferimentos que eu supostamente carregaria comigo após sua ida para casa. Fiquei profundamente chateado, senti um vazio, um frio, uma angustia arrogante. Respirei fundo... Respirei de novo... e resolvi conversar com alguém, dar uma volta na Lagoa da Pampulha em pleno escaldante Sol das duas da tarde e pensar um pouco. Depois de refletir o suficiente - Que nem sempre é muito demorado - decidi esquecer um pouco o futuro e deixar as coisas caminharem por si só, mas com uma ligeira cautela, já que a pouco ele iria embora e eu ainda continuaria aqui. Assim, resolvi aproveitar sua estadia em Belo Horizonte, o encontrei todos os dias, vimos o pôr-do-sol, conversamos, rimos, nos abraçamos, dormimos juntos, senti seu coração acelerar por diversas vezes ao colocar minha mão sobre seu peito, o vi respirar, dormir, senti seu gosto, seu cheiro, sua pele, seu sorriso de menino.

No seu último dia aqui, fomos para casa da Afrodite aproveitar o Sol escaldantemente prazeroso. À medida que o dia passava tentava aproveitar ainda mais sua companhia, tentava gravar cada gesto seu e o momento que se passava, já que eu não sabia o que aconteceria daqui a algumas horas. Então, passamos um dia, uma tarde muito bonita, seja com as palhaçadas das meninas (Afrodite e Lesada) ou minhas idiossincrasias estupefatas.

À medida que o Sol se punha, meu peito apertava, eu sentia que um desespero tomava conta de mim - Mais um dia ia embora, mais uma pessoa passava e saia fora - Não havia como postergar sua despedida, já que era um rapaz de compromissos. Assim, eu estava a mercê de sua volta para casa!

Entramos na piscina e curtimos o Pôr-Do-Sol, que por ventura estava magnificamente estonteante, e ouvimos desastrosamente felizes Adriana Calcanhoto (Naquela Estação, Marina, Vambora).

O beijei enquanto podia, o toquei enquanto agüentava, o observei enquanto havia luz, enquanto o Sol ainda brilhava.


*Observação: A foto "Suprapostada" é de minha autoria feita na casa da Afrodite.

2 comentários:

rebolation kkkkkkkkkkkkkkk disse...

Senti ares de paixão rolando soltos por aí... acho que foi bem mais que uma estadia de duas semanas em Belo Horizonte, sei não hein... rs

Anônimo disse...

Hum!!!!!! Finalmente! Já estava inquieta com tanta demora...
Mas, como sempre arrazoou!! Sucinto porem sensível, romanticamente objetivo... Exatamente o Mr. Thinker que eu conheço! Beijão rapaz! E pode ter certeza q ainda veremos este por do sol belíssimo muitas outras vezes eu, vc, Afrodite e o “fotografo”!