domingo, 15 de fevereiro de 2009

Crônicas do Coelhinho: A Aliança

Acordei hoje pensando na aliança que havia ganhado do Coelhinho. Isto aconteceu em casa dele, depois de uma ida a mal sucedida em um bar com os amigos dele, estávamos sãos, conversando, quando ele tirou a maldita caixinha do bolso abrindo aquele sorriso sínico e me entregando a aliança. Faziam seis meses que estávamos juntos, seis meses de angustias, sofrimento, três meses de antidepressivos pesados e perda de apetite, não entendia o porque daquela aliança, já que a mesma significa união! Por traz daquela cena forjada pelo Coelhinho, haviam caras que ele paquerava, coisas absurdas que ele fazia na internet, os encontros com os caras, o Dinho.... Meu Deus! O quão sínico ele foi! Mas por fim, eu penso que ele fez isso apenas para se redimir perante a mim, tirar o peso da consciência, fazendo uma boa ação para melhorar nosso relacionamento.

(Fazendo um parêntese, eu achei uma coisa interessante ao procurar o significado da aliança: O anel, aliança, surgiu entre os gregos e os romanos, vindo de um costume hindu de usar um anel para simbolizar o casamento. Os romanos acreditavam que no quarto dedo da mão esquerda passava uma veia que estava diretamente ligada ao coração, costume carregado culturalmente até os dias de hoje. No início a aliança era tida como um certificado de propriedade da noiva, ou de compra da noiva, indicando que a mesma não estava mais apta a outros pretendentes. A partir do século IX a igreja cristã adotou a aliança como um símbolo de união e fidelidade entre casais cristãos).

Mas enfim, recebi a aliança com um ar absurdo de deboche, disparate. Não fui falso e ele percebeu muito bem minha conduta, assim, tomando a aliança da minha mão antes que eu pudesse falar “Abacate”, e falando que não iria mais usá-la, já que eu não merecia. Então pensei: “Eu, eu mesmo Mister Thinker, não a mereço? Ou será ele?”.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Marcelino Troca-Tapa: Uma Introdução

Desde o último post em que falei do Marcelino Troca-Tapa, venho constantemente pensando nele, assim, resolvi TENTAR relatar nossa história: Primeiramente, Marcelino Troca-Tapa foi o codinome que o dei por ele ser igual aquele desenho dos dois coelhinhos, um azul e a outra rosa (Lilica), tinha o Marcelino que era o menino rico que adorava gritar e discutir, uma baixaria vergonhosa. Não necessariamente ele gostava disso na minha época, mas depois que terminou comigo adquiriu este costume.

Nos conhecemos através de amigos em comum, amigos que tentaram nos unir e separar através da chamada, na língua GLS, “máfia”. No dia em que o vi, soube que seria o homem da minha vida (até hoje acho isso), não ficamos naquele momento, apenas nos encaramos um ao outro fervorosamente e marcamos um encontro em um evento de livros que anualmente acontece em Belo Horizonte. Foi num sábado à tarde, tempo parcialmente nublado, quando o vi caminhando em minha direção, nos cumprimentamos e nos falamos durante muito tempo, ele me contou sobre sua família, sua vida e eu apenas escutei, pois, ainda não achava que poderia compartilhar tudo, diferente dele. Neste dia ficamos, não me lembro o local, mas ficamos.

Na terça-feira seguinte, me pediu para namorar, ele, na mesa do restaurante em que estávamos, levantou, retirou uma caixinha do bolso, colocou-a na mesa e sentou-se novamente perguntando se eu queria o namorar - Juro que a primeira coisa que pensei foi “O que eu faço com essa aliança?”. Então, ele colocou-a no meu dedo e a partir daquele momento viveríamos juntos dois anos e sete meses absolutamente catastróficos, alguns momentos felizes e que ecoariam por um longo período na minha vida.

No primeiro mês em que ficamos juntos, seus pais descobriram de si, graças a uma carta que meu Amigo de Verão enviou ao Marcelino, dizendo para ele cuidar bem de mim, que não arruinasse minha vida e blá blá blá... Coisas de amigos, entendem? Assim, nosso relacionamento ficou muito restrito, por algum tempo ele não pôde sair de casa (medida tomada pelos seus pais achando que iria conte-lo da “saída do armário”). Mas de alguma forma conseguíamos burlar a segurança de seus pais e acabávamos em algum lugar, descontando o tempo perdido. Nossa primeira vez juntos, digo sexo, foi com quatro meses de namoro, éramos virgens em ambas modalidades (penetrador/penetrado) e tudo aconteceu em uma festa, na mansão do Gió, onde acabei esbarrando com o Professor Universitário, a primeira vez. Não foi a nossa melhor performance, pois, ambos estávamos nervosos, mas como estava com o cara que eu amava, o sexo não fazia diferença, apenas sua presença naquele momento bastava.

That's What I Think

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Descarregando a Pilha


Ontem tive uma discussão com a Afrodite, porque mais uma vez chamei-a para sair e ela colocou a Frederico na frente, dizendo que ela não havia deixado sair comigo. Meu “sangue talhou”, não pude segurar a reação rude e “incordial” que tive, falei coisa demais, muita coisa mesmo. Ela? Calou-se, sabia que estava errada, totalmente errada. Assim, desligamos o telefone com uma única certeza: a de que eu nunca mais iria ligar convidando-a para sair.

Saí mais tarde com o Rafitz e alguns conhecidos dele para um lugar GLS qualquer. O lugar estava muito cheio por volta da meia noite e imagina só quem estava lá? Primeiro eu vi o Dublador (corri léguas), depois o Professor com seu namorado Gordim. Confesso que me assustei ao vê-lo, pois, desde quando terminei com ele, há quase um ano, não nos vimos. Virei de costas no momento exato em que ele parecia virar para minha direção e fui para o oposto do salão em que estávamos, queria evitar qualquer desconforto para ambos, principalmente para mim.

Dancei demais, apenas dancei, não queria ficar com ninguém, queria apenas descarregar minhas energias por completo, assim, até cinco da manhã dancei, por fim, quase dormi em pé, não sentia minhas pernas, meus ouvidos zumbiam e meu estômago começava a sentir falta de comida, já que a noite toda somente ingeri álcool, Gin, Gin, Gin com qualquer coisa, mas Gin.

Dormi como ninguém, satisfeito com a noite, feliz pela companhia amistosa e pensando no próximo passo.


*Ultimamente ando com uma tara estranha por musica japonesa, achei essa em um site armazenador de vídeos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Meu Sexto Souvenir


Hoje queria fazer mais uma das milhares de confissões que na verdade não passa de uma compulsão muito forte e estranha. Tem pessoas que tem mania de guardar souvenires como papeis de bala, folha escrita, cartas, etc., mas eu tenho um possivelmente diferente. Mais adiante eu explico.

A primeira vez foi com o Marcelino, ai, nunca mais parei com essa compulsão. Não tinha um que escapasse.... Isso já me deixou tão constrangido, mas no fim, sempre conseguia. Fazendo charme ou não, sempre sediam ao que eu queria.... CUECAS!

Certas vez, estava na casa do Gió, na época namorava o Marcelino Troca-Tapa, e conheci o Professor Universitário, sem muito pestanejar conversei com ele um pouco, mas na época, por estar namorando e não estar afim, não fiquei com ele.

Alguns anos depois, por esta cidade ou talvez o mundo ser tão pequeno, nos encontramos em uma danceteria qualquer. Naquela ocasião, eu estava muito receoso, pois, namorava o Coelhinho e não havia avisado a ele que sairia, assim, procurava ficar nos cantos, sempre no escuro com medo de algum amigo dele me ver e reportá-lo.

O Professor Universitário era um cara agradável, bonito (muito bonito), cabelos lisos, moreno claro, olhos castanhos, 1.77 m de altura, corpo definido, enfim, o típico cara que me chamou atenção NA OCASIÃO. Em tempo, ele falara que sempre teve vontade de ficar comigo e que naquela época se segurou para não agarrar-me, além do mais não queria ser agredido pelo Marcelino, pois, seu porte era muito mais vantajoso do que o do Professor Universitário. Não acreditei muito no que ele disse, mas dei continuidade na nossa conversa que rendeu um pouco e acabou em beijos, muitos beijos.

A noite se prossegui em outro lugar, sim! Motel, M-O-T-E-L, Motel! – Já foi?- Eu, na época, não havia conhecido nenhum, foi o primeiro. Então, após muito prazer, paramos tudo e ele me fez uma confissão “- Thinker me desculpe, mas eu tenho namorado, está em Salvador e amanhã volto para lá.”. Achando que eu ia me chocar com o que acabara de dizer, eu sacudi o ombro e rebati as desculpas “- E daí, eu também namoro”. Rimos um pouco, mas em seguida o silêncio tomou conta daquela suíte.

Findado tudo, fui ao banheiro relaxar tomando uma ducha e acabei vendo sua cueca em um canto, “dando mole”. Sem hesitar, tomei banho rápido, peguei ela, coloquei em um bolso da minha calça e discretamente voltei para a cama. “- Já terminou?” perguntou ele, “-Sim Professor Universitário”, disse eu. Ele se levantou e começou a procurar a cueca que nunca acharia, procurou até no sistema de ar condicionado, mas já era... Perdendo a paciência resolveu perguntar-me onde estava, eu, evasivo afirmei que nem havia percebido se usara cueca antes e insisti em ir embora. Inconsolável ele cedeu e fomos embora, ele sem cueca e eu com o meu sexto souvenir.





*Se um dai você fizer sexo com um cara e sua cueca sumir, a primeira coisa a se fazer é desconfiar dele e de mais ninguém.
**Provavelmente eu não devo ser a unica pessoa do mundo que pegue cueca dos outros, então, se sua cueca sumiu, obviamente não fui eu quem peguei.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Crônicas do Coelhinho: 3 em 1


Para tentar manter meu humor saudável hoje, optei por relatar algo um pouco mais descontraído, algo da época do Coelhinho.

Pensando em comemorar cinco meses de desconfiança/traição ao lado do Coelhinho, marcamos de nos encontrar (10:30 p.m.) em um Shopping na região do Belvedere com o intuito de que depois de irmos ao restaurante rumaríamos para sua casa.

Por volta das 6 p.m. resolvi me arrumar, estava ansioso não sei porque, mas estava, até que o Marcelino Troca-Tapa toca a campainha da minha casa (Lembrando que nesta época já não tínhamos nenhum laço afetivo a não ser amizade), atendi-o com educação e convidei para entrar. Ele estava bonito e da forma que mais gostava de vê-lo: com terno e gravata afrouxada, mostrando sua figura despojada e convidativa como sempre. Eu, ainda de roupão, cabelos escorrendo água e sem nada por baixo, tratei de rumar ao quarto e enquanto achava que ele me esperava na sala, retirei o roupão e fui procurar por uma cueca no meu armário ate que ouvi um barulho vindo da porta e por reflexo olhei para trás, vi o Marcelino escorado na porta do quarto, me olhando fixamente. Senti minhas bochechas se corarem, peguei o roupão que jogara no chão e me cobri, perguntei a ele o que estava fazendo, e calado, veio em minha direção. Ficamos sim! Fizemos sexo, amor, como quiserem chamar! Confesso que foi muito bom! Talvez uma das melhores vezes! Percebi naquele momento que ele ainda sentia algo por mim, alguma coisa, mas sentia.

8:30 p.m. acordei, estava na minha cama com Marcelino do meu lado, ainda com a blusa preta, gravata em seu pescoço e de cueca branca, o observei durante meia hora até que também acordou. Nos beijamos algum tempo, trocamos carinhos e levantei com o intuito de vestir minha roupa e seguir o caminho já planejado com destino ao Coelhinho.

Todos podem achar tosco o que vou dizer daqui em diante, mas acho que isso fez parte de um pacote de vingança que vagava involuntariamente em meu subconsciente.

Sem tomar outro banho e com Marcelino observando cada movimento meu, vesti minha roupa, penteei meu cabelo e com um beijo carinhoso antes de abrir a porta da frente da minha casa, Marcelino se despediu de mim. Abri a porta e seguimos nossos destinos separadamente (como já sabíamos), dali em diante, somente como amigos.

Fui destino ao Shopping. Chegando lá, no caminho de encontro ao Coelhinho, cruzei com o Leão (Sim! Título de novembro do ano passado), com seu jeito possesso, ele me segurou com suas garras e mostrou seus lindos dentes depredatórios, tentando intimidar-me. Como sua presa ele me abocanhou novamente, mas em um curto prazo de tempo, pois, ainda havia de cumprir um compromisso. Então, apenas com o meu gosto o Leão ficou.

Ao encontrar com o Coelhinho, sem nenhum pudor ou arrependimento do que havia feito em minha jornada ao seu encontro, vivenciei muito bem o momento do jantar no restaurante, o caminho durante sua casa, os beijos, sexo e afagos durante a noite mal dormida.