segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Cinco Caminhos


Essa noite passada, após voltarmos de um bar, Eu, Afrodite e Lesada, fomos para sua casa e ficamos ali na sala bebendo e “conversando” por um tempo, o som estava sintonizado na Rádio Guarani que até então eu desconhecia. Realmente para um domingo de madrugada a rádio era relativamente boa e emotivamente facínora, pois ela leva a qualquer suicida em potencial exercer tal papel fervorosamente. Eu que sou eu, Mister Thinker, confesso que me deprimi parcialmente. Não sei se é pelo fato de estar “sozinho” e os sentimentos todos virem à tona e se misturarem, resultando em uma grande e grotesca bagunça perniciosa, ou se é algo proposital da rádio a fim de induzir a uma “pandeprimência” dos seus ouvintes nostálgicos.

Por volta de uma, duas horas da manhã fomos dormir, todos no mesmo quarto, já que eu estava com “receio” - Medo - de ver ou escutar, novamente, alguma coisa. Fora o fato de eu ter visto um filme absurdamente tenebroso outro dia destes. As meninas adormeceram rapidamente, eu não conseguia “pregar os olhos”, aquelas músicas que ainda tocavam no som me faziam lembrar a época em que eu namorava o Marcelino TrocaTapa, não exatamente o nosso relacionamento em si, mas os sentimentos que vivi na época, as minhas condutas.

Eu era tão inocente, ingênuo, não tinha malícias como hoje. Era amoroso, incondicionalmente apaixonado, mais ciumento que a Deusa Hera com Zeus. Lembro da vez que o Marcelino estava pronto para sair de casa - ele, já legalmente emancipado e eu, “de menor”, “proibido” de entrar em qualquer danceteria. Quando ele me ligou avisando da saída, aprontei o maior escândalo e o informei de que não sairia, assim, ficamos no telefone até as cinco horas da manhã para eu certificar-me de que ele não sairia escondido. Hoje rio muito quando lembro...

Percebi que estes sentimentos mudaram - amadureceram - no momento em que terminamos. Vi-me jogado na rua à meia noite, nu, esfolado, em carne viva, sangrante, desvalorizado, amargurado, sem nada e ninguém, nem ao menos um afago de consolo, sem condolências. Neste dia, vi cinco caminhos em a minha frente que poderia seguir: eu virar um adolescente revoltado, me tornando delinqüente por uma causa - justa ou não era uma e minha causa; me atirar na frente do primeiro carro que passasse - e se sorte, morreria de primeira - já que naquele momento julguei-me incapaz de viver sem ele; me humilhar e insistir até que ele voltasse para mim - forçadamente ou não; amadurecer forçadamente e esqueceria ele de uma vez por todas; ou juntar isto tudo e me tornar uma pessoa descompensadamente insana perdurante pela vida.

Bom, inicialmente optei pela humilhação, mas depois de dois dias de intenso pensamento sobre o motivo do termino do nosso relacionamento, resolvi seguir o penúltimo caminho, pelo menos até o meio dele, pois, amadureci forçadamente, até me tornar a pessoa que sou hoje, mas infelizmente ainda não consegui esquecê-lo completamente...

2 comentários:

Anônimo disse...

gENTE, MAS VICERAL ESSE POST... lindo d+!!!! e as arvoreses assim como seres afetivos, somos nozes... rsrsrs bem, da procima vez eu juro tentar jogar umas pedrinhas de gelo dentro da roupa pra ajudar e despertar e fkar curtindo uma nostalgia juntos, ok!!!=oD
PS: agora eu lembrei da musica...

Anônimo disse...

num lembro d nda, somente q as arvoezes somos nozes....kkkk