sábado, 31 de maio de 2008

Amaldiçoados Rapazes


Hoje completa um mês que não sou beijado... Ultimamente não estou tendo tempo para esse tipo de casualidade, o trabalho no hospital está sendo egoísta demais. Não nego, estou sentindo falta de alguém do meu lado naqueles momentos de carência, sabe? Mas ainda tem como resolver... De alguma forma tem sim!

Por enquanto eu estou evitando até mesmo me envolver com qualquer pessoa que chegue perto de mim, acho que necessito realmente de um tempo GRANDE para resolver alguns pensamentos e condutas minhas mesmas.

Lá no Hospital até apareceu um rapaz, muito bonito por sinal, conversou um pouco comigo, amistosamente, mas percebi um ligeiro interesse vindo da contraparte, mas acho que as coisas têm que funcionar como aquele ditado diz: “Onde se ganha o pão não se come da carne”. Seria muito difícil trabalhar com a pessoa que você tem um relacionamento, então, resolvi não criar qualquer expectativa a respeito disso, e um item importante: ninguém lá no hospital sabe sobre minha sexualidade, tento ser discreto, já o Rapazinho lá, quanto a trejeitos não tem quase nenhum, só um gay com um bom olho clínico o reconhece, mas em contrapartida ele é muito “cara de pau”! Quando eu passo pelo corredor ou entro em algum ambiente em que ele se encontra, o mesmo fica olhando para mim demasiadamente.

Tem outro também lá na Universidade, quando eu vou ao banheiro, logo trata de ir também, fica lavando a mão uns 6 a 10 minutos (Não sei se é impressão minha ou será que ele tem um Transtorno Obsessivo Compulsivo???), mas assim que eu saio do box ele olha para o meu reflexo no espelho com aquela cara de “Tenho uma coisa para te falar” e eu o correspondo com um melhor “O que você quer me falar?”
Enfim, não entremos muito neste mérito, prefiro continuar delatando aqui os amaldiçoados rapazes que um dia cruzaram meu caminho. Não hoje, porque na verdade queria falar sobre o que eu sentia no momento, mas em uma seguinte postagem.

sábado, 17 de maio de 2008

Crônicas do Coelhinho: O telefone


Não fiquei satisfeito em cortar algumas partes da história do Coelhinho, então, vou dar continuidade, não que ele mereça que eu lembre dele, mas sim que eu relate o quão mau ele foi:

Algumas vezes eu mexia no celular dele (um problema essa coisa de celular, não é? A partir dessa época eu já comecei a repudiar celular, quando ele tocava ou quando eu ligava para qualquer pessoa e estava desligado, me dava um frio e um aperto no coração.... Até hoje é assim) eu via mensagens de um tal de Dinho. Ele sempre me dizia que era um amigo... “Um amigo”, pensei... Sempre apareciam mensagens estranhas naquele maldito celular que me levavam a pensamentos duvidosos (Sabe?! Meus pensamentos já nunca foram muito certos e ainda por cima aparecem essas coisas duvidosas, ai você já viu... Só sai coisa podre dele).

Tratei logo de anotar os números das respectivas mensagens e... Que vergonha! Como eu me sujeitei a isso... liguei para todos, me passando pelo mau Coelhinho. Descobri muita coisa, uma delas era que ele falava com os caras apenas por mensagem ou mensagens instantâneas pela internet, assim, nenhum conhecia a voz dele. Sem perder a chance, eu destrinchei uma conversa com todos eles e constatei o mais obvio: que mantiveram aquelas conversas por mensagem com o intuito de encontrar um dia e fazer sabe lá o que...

Na época foi um choque. Chorei, esperneei e tudo mais... Se eu terminei o namoro? Nada, acho que queria dar uma de Maria do Bairro, sofrer mais um pouquinho e ver no que dava essa estupidez toda.

Por eu gostar muito dele, e por não ter encontrado com os caras AINDA, resolvi dar mais uma chance, ou seja, passei por cima do meu orgulho e de cabeça erguida segui o relacionamento com ele. Que relacionamento? Não sei, aquela coisa que nos unia (pelo menos me unia a ele), não importa como se chamava, era alguma coisa...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O Coelhinho


Coelhinho, até agora, foi o cara mais ordinário que um dia eu pude namorar, mas o que mais me satisfez na cama, seu sexo me levou diversas vezes ao extremo prazer... Em compensação ele definitivamente fudeu (no pior sentido) com toda minha durante nove diabólicos meses cegamente vividos. Fiz coisas absurdas, que por qualquer outra pessoa eu não faria nunca. Quanto arrependimento...

Só para dar melhor uma noção do que digo, cito o exemplo: O mundo teve a fase antes da guerra fria e depois, certo? Eu tive a fase antes do Coelhinho e depois. Antes, eu era muito amoroso, fazia de tudo pela pessoa amada, tinha ciúmes, era um verdadeiro apaixonado. Depois que terminei, vi que não conseguia confiar em ninguém, não tinha ciúmes, era frio como pedra e coloquei todas as prioridades possíveis na frente de um relacionamento (talvez por isso tenha acabado de terminar um agorinha mesmo).

Bom, vou explicar melhor, sucintamente, porque senão ficaria pelo menos um mês relatando todas as suas cachorradas aqui, mas prometo falar dos fatos mais importantes:

Conheci esse cara pela internet, não era bonito, mas alguma coisa me atraiu, não sei se era o maldito dedo podre... qual? Aquele que quando têm 10 caras na sua frente, você se atrai e escolhe o pior, um dia falo disso... Mas como falava, alguma coisa me atraiu nesse cara, sei la, sei que acabamos na cama, no mesmo dia, na casa dele, com todos os seus parentes em casa. Foi engraçado porque na hora que levantei e estava indo ao banheiro todo descabelado, dei de cara com a família dele tomando café... foi péssimo. Mas daí para frente ficamos juntos, melhor, começamos a namorar.

Fatos estranhos sempre ocorriam, quando eu ligava para ele, o mesmo falava que estava com a família e que não podia falar, embora todos ali sabiam sobre sua opção sexual, o telefone dele sempre estava desligado quando me encontrava, alguma vezes, quando ele abria o e-mail perto de mim, eu via alguns spans de sites de relacionamento, enfim, essas coisas que nos levam a pensar em algo a mais.... um chifre.

Como sempre, um Haker de internet, eu acabei adquirindo sua senha de e-mail e todas as outras possíveis, menos a do banco, porque aí seria bem apelativo, mas então, comecei a mexer em toda sua vida online e vi muitas coisas, péssimas coisas, como correspondências com outros machos, cadastros em sites de relacionamento, enfim, tudo de pior eu vi, sabe?

Tinha medo de ficar sozinho, e mais medo ainda de tempo desperdiçado... Mais uma burrice... Conversamos e resolvi dar outra chance... Bom, vou fazer um paralelo aqui e citar uma frase que nunca teve credibilidade antes na minha vida, mas agora, mesmo sendo muito popular, é o meu lema e prova disso foi o Dublador e outros caras que ainda contarei aqui: “Pau que nasce torto, nunca se endireita” (É o Tchan). É isso, caras! Continuou do mesmo jeito, se bobear, ainda pior.

Fiquei deprimido, emagreci, comecei a tomar Cloridrato de Amitriptilina, Comipramina, Clonazepam (remédios tarja preta), enfim, acabei com a minha vida, achando que eu era o problema, mas depois, conversando com pessoas experientes (psicólogos), constatei que definitivamente por ele ser feio e eu bonito, o que ele queria era uma auto afirmação, onde precisava mostrar para si que conseguia mais gente bonita, mas coitado, caiu do cavalo, perdeu o único cara que um dia amou ele de verdade.

Até hoje ele me procura, escreveu nossa história no Orkut, mas sabe de uma coisa? Lá vai mais uma ótima frase que deve ser relevada: “Arrumou sua cama, agora deite-se”. E assim segui a minha vida...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O Dublador


Conheci um cara a mais ou menos 4 anos atrás, o Dublador. Toda vez que nos víamos, acabava tudo em beijo, não tínhamos um relacionamento fixo, acho que era uma coisa casual, mas já um começo. Um dia, melhor, o dia em que viu que me apaixonei por ele, o mesmo me passou uma tremenda rasteira e caí no chão feio!

Bom, anos se passaram, nunca mais havia visto ele, até o maldito dia que eu resolvi sair com meus amigos, depois de um termino de namoro. Suponho que a partir daqui todos já sabem, quando se termina um namoro, mesmo que seja de uma forma tranqüila, geralmente estamos carentes, precisando de um ombro amigo para.... não sei, qualquer coisa, menos chorar. Eu estava da mesma forma, quase uma gelatina de tão mole por dentro... se arrependimento matasse.... Pois bem, fomos eu e mais dois amigos para um bar GLS. O lugar estava insuportavelmente cheio, mas tudo que eu queria ver eu conseguia, inclusive o Dublador que por sinal estava pessimamente acompanhado por um rapazinho extremamente novo e... como posso dizer um sinônimo de afeminado.... Andrógeno, não importa... Bebida vai, bebida vem... a maldita bebida! Sabe, tenho um defeito! Quando bebo demais eu fico muito fácil, é triste! Mas nunca fiz burradas não! Enfim, depois que bebi um pouco além, sem querer, esbarrei no Dublador que estava sozinho e logo estendeu aquele sorriso me puxando para um canto, até então, com intuito de conversarmos. Maldita hora! Ganhei somente elogios e carinhos absurdamente inacreditáveis!!! (Pelo menos vindo dele, pois, o mesmo nunca foi assim, sempre uma fortaleza) Eu, pobre carente e cheio de esperanças caí na dele. Nos beijamos muito. Juro que no dia seguinte minha boca estava dolorida.

Antes de irmos embora daquele lugar, ele disse para mim que queria um cara para namorar, que eu era esse, que eu estava diferente... bla bla bla, tudo que eu carentemente precisava ouvir. Ele até me chamou para passar o fim de semana em sua casa, deitados abraçadinhos, sem ninguém para incomodar. O que eu falei? SIM! Para TUDO, sem exceção, do que ele disse, inocentemente falei...

Acordei no outro dia na casa dele, que coincidentemente era perto da casa da minha mãe. A ressaca era a menor de todas as preocupações, porque quando aceitei ir para lá, acabei abrindo mão de um congresso de psiquiatria que estava participando.

Enfim, para encurtar a história, passei um fim de semana excelente, com direito a tudo que eu queria naquele momento e durante um bom tempo da minha vida. Ele me deixou em casa no domingo de manhã, porque teria que viajar logo à tarde a trabalho. Durante a semana nos falamos duas vezes, e nestas conversas me disse que queria me encontrar no fim de semana seguinte e tudo mais, ou seja, até o momento, achei que tudo estava bem, achei. Quando chegou no dia de voltar, tentei falar com ele que malditamente estava com o celular desligado. Tentei aquelas tecnologias inúteis como MSN, Orkut, mas quando a pessoa não quer falar com você, não tem como insistir. Por um momento, eu havia achado que ele estava estirado no meio da estrada (muito dramático, mas pensei), porque até então, não sabia o que estava acontecendo. Uma hora o cara ta jurando amor eterno, no outro o telefone desligado?! Preocupei-me.

Como um espião nato, um hacker de internet (risos), acabei descobrindo dois dias depois que ele estava muito bem por sinal, presente aqui na cidade de Belo Horizonte, sorridentemente feliz, e eu aqui, preocupado com fantasias ridículas da minha cabeça... Aff, acho que ando lendo muito o “Terceiro Travesseiro”, que a propósito, não é um mal livro não... Meu deus! Que burrice, fui dar mais uma chance para o cara e olha o que ele fez?! Somente ilusão, pateticamente iludido fiquei sim! Em pouco tempo devido ao que ele me falou, não escrevi aqui nem a metade, mas sabe?! Minha vontade era ir à casa dele e dar umas palmadas em sua bunda (apenas palmadas), como se fosse a mãe punindo um filho pequeno e rebelde: – Eu já falei para você não fazer isso! Quem mandou! Vai apanhar até aprender a ser gente e respeitar os outros! Seu pentelho pirracento! – Mas a culpa também foi minha, não deveria ter bebido demais, nem ter sido tão fácil. Mas tudo já passou. Hoje, às vezes me deparo pensando em como uma pessoa pode agir desta forma, iludir e depois ter o prazer de ignorar.... Quem melhor poderia responder isso? Acho que só Jesus...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Uma pequena introdução sobre eu, eu mesmo, Mister Thinker


Hoje começo a escrever aqui sobre minha vida. De antemão aviso: Qualquer semelhança nos fatos narrados aqui é meramente coincidência. E para evitar qualquer implicação jurídica (embora a preferência é delatar todos as pessoas que me fizeram mal, como alerta para outras pessoas), não citarei nomes reais, apenas características marcantes das pessoas em questão.

Criei este Blog para poder falar para mim mesmo, e quem quiser ler, minhas indignações, decepções e coisas que um dia fui forçado a engolir por conveniência.

Tenho 23 anos, sou um cara moreno claro, cabelos lisos, bonito, simpático (na medida do possível), que gosta de coisas simples como o nascer e o pôr do sol, muito fã de filmes e que ama ler seu Tratado de Medicina Interna.

Como todo mundo, eu também tenho diversos defeitos, alguns: Sou ansioso, com a pessoa que amo sou muito meloso, não tenho muito tempo livre dia de semana, não sei fingir quando algo acontece e geralmente meu rosto denuncia gritantemente o que penso.

Sabe, sempre acreditei que a vingança é um prato que se come frio, portanto, nunca fui de ficar brigando, jogando as coisas na cara de ninguém, sou paciente, prefiro esperar a justiça divina que tarda, mas não falha!

Tenho um maldito defeito que estou tentando corrigir, o de não gostar de ficar sozinho. Sempre fui um cara muito namorador, emendo um relacionamento no outro em questão de dias. Acho que eu sou assim porque tenho medo de passar por aquela fase “louca”, sabe qual? Aquela que você beija uns dez na noite... pois é, até hoje reluto com isso (só fazendo parênteses aqui para afirmar uma coisa antes que confunda tudo: SOU GAY). Dede os 16 anos, que foi a época que me descobri, já namorei 4 caras, parece pouco, mas duraram muito tempo, o mais longo foram dois anos e sete meses, mas entre o termino destes relacionamentos fiquei com algumas pessoas, mas não passam de 15, todas, sem exceção, marcaram minha vida de alguma forma, seja ela boa ou ruim, e algumas, até hoje me sufocam com assuntos pendentes que um dia espero fervorosamente resolver.