Esta semana, nem um pouco
tranquila, com alguns conflitos mentais e afazeres supremos, fiquei a pensar no
que fazer de minha vida. Sabe quanto você sente um vazio interno, um buraco
negro que não existe “nada dentro”, apenas partículas conflitantes que destroem
tudo que tenta chegar próximo?
Pois bem, não sou o mesmo, não
sinto-me bem, apenas desfaço aos outros para não causar constrangimento e
tédio. Ando muito abaixo dos meus limites de força interna, apenas sobrevivendo
ao mundo, não causando incidentes e procurando por algo que até o momento não
encontrei, pelo menos acho que não... na verdade não sei o que é... Sabe quando
a empolgação acaba e resta o silencio da casa vazia na festa que todos os
convidados já foram embora? Sim, exatamente isto. Parece que a musica parou, a
festa acabou, o show findou e é hora de todos irem embora para suas casas e
guardarem lembranças de tudo. Mas resta apenas eu la para arrumar toda bagunça
que deixaram. Fácil para os convidados, mas para mim...
E agora? Seria este algum fim?
Mas para onde ir? O caminho não é claro, definitivamente. Para onde migrar,
evadir, ir, fugir? Ainda não consegui encontrar a resposta ou a diretriz desta
conduta.
Concomitante a este vácuo vem
saudosismos, lembranças de momentos que vivi...
- Deixa eu adivinhar... Com o
Husky Siberiano!
-Não! Deixe eu terminar!
Lembranças de como a vida era
fácil, como eu era um cara esperançoso e forte a ponto de levar milhares de
tombos aleatórios e levantar sorrindo, fazendo o gesto mais obsceno a todos, me
limpando e continuando a seguir adiante. Mas agora, nossa! Mal mal estou
conseguindo levantar depois dessa grande bagunça que passei e, para piorar,
sofro as consequências do reflexo da mesma em outros pontos de minha vida. Foi
como um dominó, um derrubando o outro aleatoriamente, "estartando" tudo após o
fim do relacionamento com o infeliz Husky e se arrastando para todo o resto da
minha vida.
Mesmo pouco esperançoso e vendo
tudo desabar francamente, ainda não desisti, muito dolorido tento manter a
sanidade mental, a intelectualidade maciça e a integridade moral em franco
funcionamento. Quem diria que tudo isto aconteceria? Seria armação do destino
para realização de uma resiliência, ab-reação suprema? Ou um grande “tapa na
cara” de Deus informando que estou completamente errado quanto ao sentido do
mundo?
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