- Mister Thinker de volta! Que
intrigante! Estou curioso!
Depois de muitas voltas na Terra,
acreditando estar bem, sim, voltei para o meu cantinho, meu “mundinho” que
muitos repudiam por achar-me completamente alienado, ou pelo menos grande
parte...
- Mas o que aconteceu, Thinker?!
- Nada além do esperado...
Então, depois daquela maré de
azar, mais parecido com uma das pragas enviadas “sorrateiramente” ao Egito,
hoje posso contar coisas fabulosas, viagens vividas, casos amistosos, evoluções
adquiridas e confianças de vida suprema provenientes das experiências por mim vividas.
Hoje consigo dormir o sono dos
Deuses e acordar brilhantemente com a mente limpa, sem conturbações da vida,
apenas histórias que não deram certo e que não me causam qualquer dor de vida.
Confesso ter passado grandes apertos, titânicos e estrondosamente
enlouquecedores para alguns. Mas hoje não passam de meras risadas e algumas
vezes leves pensamentos hediondos...
Mas hoje estou aqui para delatar
mais uma das minhas experiências que por sinal não ficaram fora de meu
destino... Definitivamente... “Só Jesus na causa”... Vamos lá:
Uma coisa que sempre prestei a atenção
em meus relacionamentos foram os rostos dos cara para os quais eu dizia “te amo”
e algumas reações durante o relacionamento. Felizmente o corpo nos diz coisas,
nos diz quando não estamos mais a fim, quando amamos, quando estamos perdendo o
foco, quando estamos indecisos, tudo. Graças ao Anthony Giddens e seus livros
mirabolantes, aprendi bastante a linguagem corporal e as “idiossincrasias” em
comum entre os indivíduos – Lembrem-se, nenhuma das atitudes dos indivíduos são
meramente coincidência, podem apostar a carta mais valiosa de seu baralho, é a
pura verdade.
Então, estava recentemente em um
relacionamento com um cara que insistiu muito para que namorássemos, confesso
que não estava interessado demais devido às demandas anteriores mas logo
imaginei que uma hora eu teria que “sair da hibernação”, dando a chance a
alguém de mudar meus conceitos. Pessoa certa ou não, não vou questionar, julgue
quem achar melhor. Mas depois de muito ele falar, eu aceitei o compromisso,
mantivemos a relação que foi enriquecedora, aprendi muitas coisas, mas chegou
um momento que perdi o raciocínio. De um cara romântico, passou a ser ponderado
em seus atos, não em palavras, criticava até minha respiração. Eu, muito
tranquilo, escutei, mas não dei a devida atenção - Não no momento -, mas
passando algum tempo aquilo já começava a me irritar um pouco. Seriam críticas
provenientes de um recalque? Pois eu era “anos-luz” mais bonito que ele, e o
mesmo começara a perceber que as pessoas não o olhavam e seus amigos todos me
elogiavam. Quando ficávamos apenas os dois não existia mais assunto e tudo que
eu tentava falar era repreendido ou simplesmente recebido com um “ahãn”, quando
dormíamos, normalmente parecia que éramos amigos, cada um para o seu lado ou
apenas eu o abraçando, estava começando a ver hostilidade proveniente dele e
quando eu falava que o amava, comecei a receber sorrisos de “canto de boca” e
face pouco perdida, sem saber o que fazer.
- Espere ai Mister Thinker! Não
está dando para entender o que está acontecendo.... Ou está, até demais...
Quando o questionei, recebi o
seguinte comunicado verbal: “Não torne o “Eu te amo” uma frase banal, como está
sendo feito ultimamente (...)”. Ou seja, guarde para você porque não quero
ouvir – Mas ele quem disse a primeira e algumas vezes mais e eu falava tão
pouco... Não estava entendendo.
Até que vieram os FlashBacks, os quais são os melhores, diga-se de passagem.
. O Coelhinho olhando para mim e
eu dizendo que o amava, ele, sem graça, exibia um sorriso “amarelo canto de
boca” (Terminamos pouco tempo depois);
. O Fotógrafo logo falou que
falar “te amo” demais enjoa (Terminamos pouco tempo depois);
. O Husky não conseguia me olhar
nos olhos, falava “ahãn” quando eu falava que o amava, sorria com a mesma
sinceridade que a do Coelhinho e depois de algum tempo dormia apenas de costas
para mim (Terminamos pouco tempo depois);
O apocalipse seria melhor! Estava
revivendo tudo que passei, os rostos, as atitudes, os gestos, tudo era muito
parecido. Até que a bomba estourou, já que eu estava engolindo tudo sem expelir
nada. Após uma franca conversa com ele, joguei tudo para o ar e informei que
não queria viver nunca mais o que me acontecera no passado, que eu gostava de
franquezas nas palavras dos caras que eu me envolvia e, que para mim, depois de
muito pensar, não dava mais. Valorizo-me o suficiente depois dos desastres
vivenciados e dou credibilidade a minhas desconfianças e conclusões de atitudes
remoídas em meus pensamentos.
Depois de muito debate por parte
dele, falando que não queria me largar - “Ahãn Claudia! Senta Lá” - , citei uma
frase que já havia lido em um daqueles livros filosóficos antigos da minha Tia:
“Caro Senhor Comediante (Seu codinome), “Não cative o que não poderá sustentar””.
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