segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

E Como Estão as Coisas Hoje?


E como um grande curioso, gostaria de entender os relacionamentos de hoje em dia. A fim de compreender a tal ferramenta Omegle, acessei e fiquei reflexivo logo após. Ali buscava conversar um pouco, praticar meu pobre russo que, mesmo após anos, ainda me faz passar vergonha.

Nesta ferramenta, que se trata de um bate papo sem compromisso, por vídeo online, é possível se conectar às pessoas do mundo todo e ter uma suposta conversa descente. Mas fiquei pensando....  Antigamente, na minha época, usava-se o chat Uol (conversa digitada), onde chamávamos as pessoas que tínhamos afinidade para o messenger e por la, se achássemos conveniente, acionávamos a câmera para uma conversa sincera, já que as palavras podem dizer muito além do que realmente somos - e como! – e o imaginário também. Pelo menos eu, dali, continuava o papo por algumas semanas até sentir segurança para encontrar alguém.

 

Hoje em dia está mais fácil, abra o celular, ligue seu aplicativo de relacionamento, filtre por pessoas próximas a você e basta escolher. O mais engraçado que observei, é que o aplicativo lhe fornece todas as informações convenientes para um encontro casual, desde o método sexual usado pelo indivíduo (ativo ou passivo) até o último exame de Aids/HIV. Achando o perfil e dando o tal meet, voilà! Basta marcar o encontro, fazer rolar algo superficial e seguir adiante.

 

Sempre me questionei e ainda questiono este tipo de atitude/relação. Seria conveniente e mais simples buscarmos por este tipo de relacionamento conveniente ao momento? E como anda a garotada de hoje em dia? Será que conseguem manter uma boa sanidade mental desta forma, onde as pessoas entram e saem de seu templo sem ao menos conhecer a procedência deles? Quando falo templo, digo o corpo que emana e troca energia...

 

Sou "antigo", não antigo no sentido literal, mas mais maduro para afirmar ter vivido outros momentos em que as relações eram pautadas em sentimentos e duravam mais que uma temporada do antigo e falecido seriado “Lost”. Hoje – tadinho! – meu primo pula de relações semanalmente, sempre apresentando um novo companheiro que acabamos por fazer aposta do quanto tempo eles ficarão juntos. Justo e sincero com ele não é, mas se as relações estão rasas e práticas, muito tempo não durarão, pois, relacionamento é totalmente o contrário dos dois adjetivos anteriormente citados. Mas e ai? Como será nosso futuro? Eu, se terminar meu relacionamento, acho que não terei folego para esta galera nova no mundo e acabarei sozinho, mas bem, por me preservar, já que carrego comigo uma certa ingenuidade quanto a relacionamentos e vida conjugal.


Someone to Watch Over Me

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