quinta-feira, 19 de junho de 2008

A Piranha do Banheiro


Nos conhecemos em um bar dançante. Ficamos a noite toda, ele era alto, branco, cabelos negros “espetados”, aparentava ter 35 anos, mas a mente acho que era de 15.... Seu codinome é Piranha do Banheiro, o porquê? Daqui a pouco...

Nos falamos durante toda a semana seguinte por telefone. Nunca vi um cara tão bom de conversa como ele. Verdade! Ficávamos horas conversando. No final da semana, ambos estávamos ansiosos pelo reencontro, marcamos em sua cara, com direito a filme, pipoca e guaraná. Passamos a tarde toda juntos, deitadinhos em sua cama assistindo plausivelmente aquele filme cujo gênero era drama ou algo parecido (A vida de David Gale). Ao final do filme nos beijamos muito, até que percebi alguma coisa mais proeminente nele devido à pressão que fazia contra minha barriga. Pois bem, sem eu sequer insinuar, simplesmente ele pára tudo e diz: “-Não quero sexo! Fiz uma promessa!-”, logo pensei: “- Mas o que tem isso a ver? Nem encostei em você?-”. Assim, nem nos beijamos mais, foi como se tivesse jogado um balde de água fria sobre minha cabeça, quebrou o clima completamente. No hora de ir embora ele se ofereceu para me levar em casa, aí ele contou sobre a promessa, disse que era para passar em um concurso lá no RJ. Minha reação? Além de esclarecer o mal entendido, ri bastante da cara dele. Enfim, ele também falou que não queria nada comigo, que queria se divertir e somente isso. Eu fiquei arrasado, nunca haviam dito isso para mim, mas... a vida continua, não seriam estas palavras que acabariam com o meu ligeiro fim de semana

Durante a semana ele continuou me ligando e cativando “não sei o que”. Na verdade acho que ele queria me usar e eu bobo contribuía para seu benefício. Marcamos um novo encontro no mesmo bar dançante que havíamos nos conhecidos. Eu o achei lá dentro cerca de duas horas depois do combinado, nos cumprimentamos, beijamos, aí, ele foi buscar bebidas. De repente um carinha qualquer chega perto de mim dizendo que eu era “trouxa” de ficar com ele, pois, o mesmo havia ficado com mais de cinco caras antes de me “pegar” naquele dia. Minha reação? Olhei para ele que vinha em minha direção, com dois copos de bebidas na mão e cantando o refrão daquela música “Piranha do Banheiro”, que coincidentemente tocava no momento (Um rápido parêntese: acredito que tenho um “certo” sexto sentido que quase nunca falha, quando eu acho que algo vai dar errado, não ignoro). Ele percebeu que eu havia mudado de expressão enquanto o carinha falava comigo, assim, sem rodeios, falei tudo com ele que acabou confirmando. Meu Deus! Que enjôo me deu, 5 salivas diferentes.... melhor, seis com a dele! Tratei de sair de perto, mas não demorou muito para vê-lo acompanhado por outro... (opa!) outros, naquela noite.

Nos encontramos depois disso sim! Mas foi por acaso. Parece que minha mente deletou ele automaticamente, sabe? Como refúgio para evitar sofrimento (recalque - assim chamado na psicologia). Ele chegou perto de mim, apertou minha mão e como se nada tivesse acontecido, ele sorriu, revidei com a mesma atenção, porém perguntando seu nome, uma vez que não lembrava muito dele....

Ele foi um cara que superei rapidamente, uma vez que admitiu seu erro, pediu desculpas e falou que queria ficar comigo e tentar algo sério. “Não, definitivamente”, esta foi minha obvia, direta e clara resposta.

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