segunda-feira, 23 de março de 2009

Primeiro Encontro, Primeiro Beijo


*Há uns dois dias atrás, comemoramos um mês de namoro e o Rapazinho (não citei anteriormente, mas esse pseudônimo é por ele ser mais novo que eu e ter uma feição de menino novo) escreveu-me:

“Ahh! Um mês já se passou, mas parece que foi ontem o dia em que, num monótono sábado a tarde, entrei no não menos monótono “MSN” e me deparei com um tal de D*$¨%#@ (Isso não é palavrão, para me privar prefiro colocar aqui Mister Thinker). Confesso que achei a foto do perfil bem estranha, mas com o decorrer da conversa fui me interessando e aquela imagem inicial de um carinha comum e blasè se desfez por completo. Lembro do convite para assistir ao filme. Aquilo seria a salvação do meu sábado entediante [a segunda opção: assistir “Super Nany”]. O medo foi chegando a medida me aproximava do local marcado. Mil interrogações sitiavam minha cabeça: "Será que ele é legal?", "Será que ele é bonito?", "Será que ele é muito afeminado?". Elas somente foram cessadas quando, de longe, avistei aquele cara acenando pra mim. O impacto foi tamanho que não sabia o que pensar ou fazer. E fiquei ali parado por breves segundos. A partir da aproximação, novas dúvidas surgiram: "Será que ele gostou de mim?", "Será que estou agradando?", "Será que ele está achando meu papo ruim?".

Com o passar do tempo, você foi acalmando minha inquietação interna com sua conversa, seu jeito doce e honesto de se comunicar, sua espontaneidade. Por longos 30, 40 ou quem sabe 50 minutos, busquei coragem pra dizer o que havia sentido desde a primeira vez que coloquei os olhos em você: Uma imensa vontade de te beijar.

Longo suspiro... uma pequena pausa na conversa. Maldito e corriqueiro silêncio, que causa grande constrangimento quando ocorre entre pessoas com pouca intimidade. Contudo, aquele silêncio era o prólogo de um momento mágico que estaria por acontecer. Um turbilhão de sentimentos tomava conta de mim. Ansiedade, medo, desejo. Isso tudo resultaria num esperado, longo e doce beijo. Talvez o melhor beijo da minha vida. Bem, não sei ao certo, já que tivemos tantos depois dele. Mas cada um tem seu encanto, e um é sempre diferente do próximo.

Esse foi a minha versão do nosso primeiro encontro e primeiro beijo.
Te amo!


*Sei que daqui a pouco passará um ano e nem ligaremos mais para meses e sim anos, e com o decorrer da vida, se estivermos juntos, acabaremos por esquecer datas e essas coisas que julgaremos como "triviais"... Mas por enquanto acho que posso curtir essas futuras superficialidades como garoto de 17 anos, afinal, faz parte do início de um relacionamento.

domingo, 15 de março de 2009

Desencalhando


Infelizmente terei que ser rápido em relação a este post, estou com o tempo contado, um segundo a mais ou um a menos fará diferença. Ando extremamente atarefado, muitos plantões, compromissos demais, sobrecarga, está difícil o remanejo das tarefas.

Conheci um cara, pensei antes de escrever isso, mas não sei qual apelido o darei ainda, juro que ainda não sei. Bom, o conheci de uma forma muito inusitada, talvez, sexta-feira antes do carnaval, resolvi me embebedar na casa de minha mãe que viajara e me largara ali sozinho. Bebi bastante a ponto de não me lembrar de como havia ido dormir, simplesmente, no outro dia amanheci jogado dentro do quarto. Naquele dia à tarde resolvi entrar na internet de novo para reconstituir a noite anterior e me deparei com vários desconhecidos no meu programa de mensagens instantâneas (eu havia entrado no bate papo, conversado com deus e o mundo, bebido duas garrafas de vinho, comi pizza, enfim, o computador estava daquele jeito). Conversei com todos, mas o único que me chamou a atenção foi o Rapazinho (isso! Achei um pseudônimo por ele ser mais novo). Marcamos de nos encontrar, confesso que ele realmente é bonito, tem boa conversa, é carinhoso, enfim, gostei dele e acabamos nos beijando, nada além.

Ele realmente me cativou, fez com que eu piamente gostasse dele, até que na semana seguinte ao primeiro encontro ele me pediu em namoro. Eu, sem muita reação balancei a cabeça e assim, desde então, desencalhei !!! Bati mais uma meta proposta no final do ano passado e satisfiz uma vontade que me faltava o ar ultimamente.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Amor Contemporâneo


Essa semana me deparei com uma situação bastante estranha entre um casal na rua. A mulher vestia uma roupa discreta, era bonita, loira, olhos claros, pele branca mais clara que porcelana, delicada e com um tímido sorriso, em tempo levava um desagradável copo descartável de talvez 100 mL de conteúdo desconhecido e estava acompanhado por um rapaz que conversava com ela animadoramente. Cruzei com eles, literalmente, pelo caminho e escutei ele dizendo “Champa esse trem no peito ai Muié!”. “Gente! Mas o que esse cara falou?” Olhei para trás e os vi parado no meio fio e ela com um tímido sorriso e encarando o copo. “Champa esse trem nos peito, Sô!”, repetiu ele. Realmente não estava entendendo o que ele queria com esse verbo “champar”, mas fiquei curioso e parei na banca de jornal que estava bem ao lado deles. Enquanto eu via as revistas, de “rabo de olho” reparava na cena que me deixava encabulado (como dizem “um olho no peixe e o outro no gato”). Vi as revistas que estampavam a foto de Hitler, porque é o assunto que estava na moda graças a aquele filme “OperaçãoValkíria” “Champa logo esse trem nos peito e vamo!”, perdi a paciência e bati o pé no chão, como forma de descarregar a minha ansiedade em saber o que significava aquilo (eles perceberam) “Champar o que? O que é esse tal de champar?”, olhei para a loira toda delicada com aquele cara, possivelmente namorado, que a tratava como o amigo gordo rejeitado e que sofrera bowling freneticamente por todos ao seu redor na época de escola. “Tadinha!” pensei...

Enquanto ia embora pensei muito, achava que o amor contemporâneo talvez fosse um pouco mais cortês, sei lá, talvez um pouco mais humanizado, mas vejo o contrário, parece que as pessoas tendem a tratar umas às outras com quaisquer, sem diferença alguma.

Enfim, no final das contas descobri o que ele queria dizer com o tal do “Champa no peito” tradução: “Querida, pode beber este precioso líquido, é muito bom! Confie em mim, coragem! Beba”. De alguma forma ela também entendeu o que ele disse, talvez, por estar condicionada a lidar com esse tipo de cara, ela simplesmente já entendia a linguagem de outros episódios anteriores, e acabou “champando tudo no peito” por insistência.