segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Desconhecidamente Familiar¹



Estes dias andei tendo uns sonhos muito estranhos... Mais pareciam um daqueles extensos Best Sellers que, realmente, sonhos. Freud explica... de alguma forma....

Parecia estar à beira mar, em um barco artesanal de madeira não muito antigo, com um homem mais velho (35/40 anos) e uma garotinha de cabelos pretos, lisos e longos, que aparentava ter cerca de dez anos. Estávamos sentados na mesa do barco comendo alguma comida crua, vai saber qual... Ao terminá-la, senti que não me satisfez, mas preferi não repetir, bebi um pouco de água que estava servida em uma taça e olhei para o homem à minha frente. Ele balbuciou algumas palavras bem baixo que não consegui escutar, presumi que fossem coisas boas, já que ele me olhou com uma expressão suave e agradável.

A brisa das quatro da tarde estava leve e o mar bastante sereno, olhei ao redor, não reconhecendo, mas sentindo que eu pertencia àquele lugar. Havia uma pequena floresta em grande parte da praia e em outra, apenas rochas mortas.

Por um momento ouvi a voz do homem ao meu lado se dirigindo à garotinha, me distraí por curto tempo e quando percebi estava na praia caminhando. Consegui avistar o barco que estava a um quilometro de onde eu estava. Fui andando em direção a ele, quando me deparei com um ser estranho atirando em uma senhora que estava acompanhada pela filha, a mesma se desesperou ao ver a bala atravessar o peito da mãe que foi arremessada ao mar pela pressão. Outro tiro foi disparado em alguém que passava ao lado. Sem qualquer reação parei estremecido, encarei a cena e o assassino perversamente covarde, que por sua vez sorriu maliciosamente e dissipou-se no ar. Observei aquela senhora sangrar até a morte em plena água salgada e sua filha assistir a vida de sua mãe se resumindo àquilo.

Continuei a andar até chegar ao barco. Lá, fui recebido com um abraço daquela garotinha, um grande sorriso do homem e um beijo amoroso. Ainda não entendia nada daquilo que estava acontecendo, pois, adormeci em minha cama e acordei em um barco numa vida que ainda não era minha (se é que um dia será).

Eles me levaram até a mesa e apresentaram-na preparada para alguma refeição. Acomodei-me junto ao desconhecido e a garotinha logo correu para dentro de um compartimento do barco, que não me recordara bem. Olhei para o homem que segurou minha mão e me encarou firmemente em silêncio. De repente ele olhou sobre meus ombros e de onde entrou, saiu a garotinha trazendo a comida que agora a pouco eu havia provado, era algo cru, não comida japonesa, mas alguma iguaria com aparência realmente bonita, um peixe cru excêntrico. Comemos tudo, não me senti satisfeito, mas não me servi novamente (...). Quando percebi, voltara para a praia e bastante horrorizado fiquei ao perceber que tudo se repetira novamente! A praia, os tiros, o barco, tudo! Completei este ciclo angustiante três vezes, até que resolvi quebrá-lo e arcar com as consequências.

No momento em que terminei a refeição e percebi não ter ficado plenamente satisfeito, recolhi os pratos e fui até aquele lugar, onde a garotinha havia feito “brotar” toda aquela comida insatisfatoriamente inusitada, procurar algo para comer. Entrei e me deparei com uma pequena cozinha amadeirada olhei dentro de algumas panelas e vi apenas restos, procurei nos armários, mas havia apenas ingredientes básicos, até que achei um daqueles salgadinhos com “cheiro de chulé” propositalmente escondido para a garitinha não estragar seu apetite para o almoço, que a fábrica jurara de pés juntos que foram feitos com aroma de queijo, abri-o e comi obrigatoriamente uma mão cheia e sorrindo por ter quebrado aquela repetição estranha. Ao sair do compartimento daquele barco assustei ainda mais. Já não havia barco, garotinha, a brisa leve do mar...

Um comentário:

Anônimo disse...

Friendiiiiii se voce começar a filmar teus sonhos irao virar filmes mais cults ainda do que os que voce se delicia... rsrsrs Freus explica teu sonho, mas holywood xplica melhor... ;OD bjao e bons sonhos!!!!