domingo, 27 de dezembro de 2009

Comida Tailandesa



Caras, deste dia eu nunca vou esquecer, definitivamente...

Logo na época em que conheci o Coelhinho, praticamente na mesma semana, minha mãe havia viajado, e eu e o Brit ficamos lá em casa bebendo e planejando um daqueles obscuros e difamadores encontros de internet para ele, já que eu estava “namorando” o Coelhinho.

Marcamos com um cara aparentemente plausível e bastante objetivo no que queria, sexo. Brit também procurava isso no momento, assim, feliz da vida, recebeu o bastando grotesco com um sorriso iluminado, convidou-o para entrar e sentar-se conosco para uma “leve” conversa, que futuramente eu ficaria horrorizado ao lembrá-la.

O cara era um grosso, impulsivo, vocabulário básico e errado que arranhava os ouvidos de qualquer pessoa letrada. Parecia ser um pseudo-analfabeto, bonito, forte, moreno claro, mas definitivamente, não era tipo de cara para se passar mais que uma hora ao lado. Ele trouxera junto um daqueles vinhos baratos, que após beber se lembra dele durante seis dias devido à ressaca, colocou-o na mesa e logo induziu a um assunto qualquer, mas que resultaria justamente no que ele queria, sexo.

Arregalei os olhos quando ele esboçou algumas palavras tenebrosas, pois ainda não estava acostumado com tanta destreza e naturalidade ao manipular determinadas palavras. Percebendo tudo, direcionou o olhar para mim, que estava sentado inocentemente com as pernas à mostra. Deu para perceber seu olhar imensuravelmente malicioso e esperto como o RinTimTim, ele disse “Vocês são mesmo namorados?”. Senti um calafrio nos braços e uma agonia que me fez encolher, tratei de sentar corretamente e poupar-me de desagradáveis comentários advindo daquele Gigolô. O Coelhinho logo tratou de vir para perto de mim e afirmar, como um “Franguinho de Briga”, sua posição em relação a mim. Pouco constrangido, ele pediu desculpas e disse que achava que algo grupal seria agradável naquela etapa de sua vida, mas se o ambiente não fosse favorável ele não insistiria. Levantou-se, segurou Brit pela mão e rudemente disse para irem rápido ao quarto, já que ele teria outros compromissos antes do alvorecer.

Confesso que naquele dia eu entrei em choque, estarrecido, corroído e medonhamente preocupado com o que esse cara supostamente faria ao meu amigo dentro daquele quarto. Mais parecia um Gigolô grotesco que queria corromper puras crianças! (exagerei em “crianças”... em “puras” também... desculpa!). O Coelhinho foi um dos únicos que conheceu minha neurose dos “e se...” por 30 minutos neste dia.

Seja lá o que for que ele queria, não demorou mais que meia hora, contadas no relógio. Escutei som de água em atrito com o chão ao ser ligado a ducha, umas risadas por parte do Gigolô e a porta se abrindo exalando cheiro de comida tailandesa. Brit saiu do quarto com uma cara de assustado e manco. Olhei curioso e fiquei pensando no que ocorrera para ele estar daquela forma...

O cara foi embora sem eu sequer rever sua cara porca e leviana, já que preferi ficar quieto na sala com o Coelhinho. Obviamente, Brit me esclareceu o que havia acontecido. Agora, imaginem o que foi? Pois bem, este blog não é algo explicito, não em relação a este tipo de assunto, portanto, esta parte eu vos poupo e me poupo do constrangimento ao lembrar as exatas palavras que ele usou para relatar-me tal fato. Mas posso garantir que tudo “voltou” ao “normal”, dentro de alguns dias, “voltou sim”, disse ele.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como uma aprendiz de verborragia, e futura professora de psicologia, te deixo uma questão para o ano novo: Como viver o presente e ao mesmo tempo construir um futuro relembrando o passado???? Hum???? #^{