sábado, 29 de novembro de 2008

O Jogador de Futebol


Não estou nos meus melhores dias para relatar algum fato, mas tentarei. Ultimamente estou sem motivações, na verdade nem sei se já tive verdadeiramente uma motivação justa para escrever aqui... Talvez uma pequena vontade de vingança...

Antes de iniciar, gostaria de fazer um minuto de silencio pelos meus amigos que foram para a guerra a procura de namorados, acharam e nunca mais voltaram para minha casa... (1 minuto). Bom, então vamos lá:

O Jogador de Futebol, assim chamado por jogar em um time famoso de Belo Horizonte, foi um cara que “caiu de pára-quedas” em minha vida. Nos conhecemos através de seu primo e "ficamos" duas vezes:

A primeira em um sítio onde fomos com algumas pessoas que aqui prefiro não citar. Enquanto todos dormiam, nós não! No dia seguinte ao acontecido, passamos como amigos, como se nada tivesse acontecido. Ainda era cedo, mas já me via sentindo algo por dele, que por sua vez demonstrava atenção, mas nada insinuando sentimento. Aceitei os fatos e com o tempo acabei deixando este sentimento de lado seguindo minha vida.

Continuamos a nos ver depois, pois nosso circulo de amigos era praticamente o mesmo, então, inevitável nosso encontro. Ele me tratava da mesma forma, como um amigo que ele gostava e mais nada. Até que “trombamos” em uma festa, uns três anos depois. Ele estava mais lindo que nunca, mais velho, com um rosto de homem, forte, uma mudança brusca para minha mente, mas para melhor. Ficamos o tempo todo juntos, conversando, lembrando de coisas e nos divertindo na piscina. O detalhe era que eu estava namorando nesta época e o cara estava lá, era o Professor, que naturalmente morria de ciúmes de mim com qualquer coisa e pessoa, até do vento por passar sempre ronçando em mim era motivo de briga, sempre me culpando – “Olha lá! Mais uma vez esse maldito vento encima de você! Por acaso está insinuando algo para ele? Se comporte! E fique do meu lado!” – falando que eu era culpado por acontecerem essas coisas.

Mas não me deixei intimidar pela sua presença, como amigo queria ficar perto dele, mas já sabia que algo que a muito havia esquecido, se despertara dentro de mim graças à presença do Jogador de Futebol – “Maldita hora em que apareceu novamente em minha vida” – pensei. Ao final da festa, o Professor foi embora irritadíssimo, além de comover toda a festa com seu episódio ciumento, ainda estava terrivelmente bêbado.

Fui para casa de uns amigos e o Jogador também. Daí para frente fica bem claro o que aconteceu. Ficamos novamente, fizemos tudo que não havíamos feito há três anos. Ele me disse que sentira minha falta e que desejava aquilo há muito tempo, já minha reação foi somente dentro de minha cabeça – “Porque ele não havia me procurado antes? Porque eu estava aceitando aquilo daquela forma? Onde está o Professor? O que eu estou fazendo...”.

Amanheci mais uma vez com ressaca moral, cabeça pesada e corpo absolutamente dolorido, pois havia nadado muito no dia anterior. Já o Jogador de Futebol levantou aparentemente muito bem, mas me tratando daquela forma ridiculamente amistosa – “Mais uma vez! Que absurdo” – pensei. Mas acabei “entrando na dele” e o dia foi daquela forma, mas a noite jamais esquecida.

Algum tempo depois, recentemente, nos encontramos, eu solteiro e ele agora namorando uma menina mais nova. Aceitei a situação, pois não queria ficar com ele de novo e ser ignorado no outro dia, queria algo mais , mas que com ele eu sabia que não estava ao meu alcance, não mais.

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